quarta-feira, 29 de maio de 2024

Drama francês ‘Disfarce Divino’, que narra escândalo sobre gênero de padre, estreia em Aracaju, Brasília, Florianópolis, Maceió, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Tocantins e Vitória

 


INSPIRADO EM LIVRO, PRODUÇÃO DIRIGIDA POR VIRGINIE SAUVEUR CHEGA AOS CINEMAS DE 9 CIDADES EM 30 DE MAIO, FERIADO DE CORPUS CHRISTI, E ACOMPANHA CHANCELER DE UMA DIOCESE LIDANDO COM SEGREDO QUE DESAFIA A IGREJA CATÓLICA


 

A vida de Charlotte, chanceler encarregada de uma diocese, não será mais a mesma após se deparar com a morte do padre Foucher. Membro antigo e considerado na comunidade, o afetuoso pároco guardava um segredo que só agora vem à tona: era na verdade uma mulher. Filme de estreia na direção de Virginie Sauveur, “Disfarce Divino” chega aos cinemas de Aracaju, Brasília, Florianópolis, Maceió, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Tocantins e Vitória em 30 de maio com distribuição da Bonfilm, após ter sido exibido no Festival Varilux de Cinema Francês 2023.

 

Adaptação do livro “Des femmes en noir”, de Anne-Isabelle Lacassagne, o longa-metragem - assim como no texto original - acompanha Charlotte em busca da verdadeira história de Pascal Foucher. Interpretada por um dos ícones do cinema francês, Karin Viard tem 38 anos de carreira e já foi premiada com o César de Melhor Atriz/2000 por “Haut les coeurs!” e de Melhor Atriz Coadjuvante/2023 por “Beije Quem Você Quiser” e por Inocência Roubada/2019.

 

No filme, ela age de forma contrária a decisão de seu superior Monseigneur Mevel, interpretado pelo veterano François Berléand (A Última Dança/A Boa Esposa/Carga Explosiva3), e inicia uma investigação minuciosa para descobrir o passado do padre e acaba tendo que lidar com memórias há muito esquecidas. Cuidadoso e eletrizante, o longa-metragem aborda e questiona a objeção da igreja católica ao impedir o sacerdócio de mulheres.

 

“Se o Vaticano souber que o Seminário está infiltrado por mulheres será o apocalipse, observa Mevel.

 

“A igreja precisa evoluir ou vai morrer. (...) Há mulheres rabinas, pastoras, imames..- questiona Charlotte.

 

A diretora Virginie Sauveur conduz a delicada história de forma humana e faz com que acontecimentos que se desdobram na trama sejam importantes na resolução do problema inicial. “As mulheres no Ocidente, mesmo que ainda haja progressos a fazer, podem exercer hoje todas as profissões, com exceção do sacerdócio, que permanece o último bastião. [...] Contar esta transgressão era contar a história de uma heroína que ignorava esta proibição para viver plenamente o seu chamado”, explica Sauveur.

 

O tema, inclusive, ganhou destaque nos últimos meses devido a um pronunciamento feito pelo Papa Francisco na conferência "Mulheres na Igreja: Criadoras de Humanidade". Na ocasião, o líder da igreja católica destacou a importante contribuição das mulheres leigas e religiosas e a necessidade de valorizar seu papel e investir em suas formações para diminuir as desigualdades e a discriminação.

 

“Disfarce Divino” é um filme intrigante e que levanta discussões relevantes não só sobre os segredos e tabus que formam a igreja, como também sobre o papel da mulher na sociedade atual.

 

“Tremenda empatia no papel de Chanceler, Karin Viard nos leva aos poucos a nos questionar sobre esses assuntos, libertando-se de caricaturas e tabus.” - Le Parisien

 

“O primeiro filme de cinema de Virginie Sauveur evoca com tato o tabu das mulheres sacerdotes na igreja. Karin Viard é incrível.” - Le Figaro


 

DISFARCE DIVINO / Magnificat

2023|Drama|1h38|Distribuição:Bonfilm|14 anos

Direção: Virginie Sauveur

Elenco: Karin Viard, François Berléand, Nicolas Cazalé

Sinopse: Quando um padre idoso falece, a chanceler encarregada da diocese, Charlotte, descobre que ele era uma mulher. Sem que ninguém suspeitasse, o padre estava praticando sua vocação por anos. Consternada, Charlotte decide iniciar uma investigação em meio a comunidade.

 

Sobre Virginie Sauveur, diretora: após três anos de estudos na ESRA, a diretora ingressou na K'ien Productions em 1998 como assistente de produção. A partir de 2001, passou a escrever roteiros, atraindo a atenção da ARTE, que lhe deu sua primeira chance para escrever e dirigir seu filme para TV, Alguns dias entre nós (2003), com Cyrille Thouvenin e Sara Forestier.
 

Em seguida escreveu e dirigiu Celle qui reste (2005), com Julie Depardieu e Julien Boisselier. Durante as filmagens, conheceu Martine Chevallier, integrante da Comédie Française, a quem convidou alguns anos depois para interpretar o papel principal no filme para TV The Tattooed Widow 1. Em 2009, após inicialmente se recusar a produzir Brothers (2011) para o canal de televisão France 2, que considerava muito distante de seu universo, Virginie Sauveur finalmente se lançou ao projeto contratando jovens atores. Em 2012, terminou de dirigir os episódios 7 a 10 da 4ª temporada de Engrenages (2005-2020) para o Canal+. Em 2014, uniu forças com Jan Vasak e Alexandre Charlet para criar a empresa Day For Night Productions 2.

 

LANÇAMENTOS BONFILM NO PRIMEIRO SEMESTRE 2024:

Além de “Disfarce Divino”, de Virginie Sauveur, a Bonfilm lançou os títulos “A Viagem de Ernesto e Celestine”, de Jean-Christophe Roger e Julien Chhengos, “O Livro da Discórdia”, de Baya Kasmi, e “Cinema é uma Droga Pesada”, de Cédric Kahn, “Maestro(s)”, de Bruno Chiche, em fevereiro, março, abril e maio respectivamente.
 

SOBRE A BONFILM

Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 13 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas e somou um público de mais de um 1,1 milhão espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e que já teve uma edição em São Paulo, além de cinemas de todo Brasil.

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