A Grande Fuga

 

 

Título no Brasil: A Grande Fuga 

Título Original: The Great Escaper

Ano: 2024

País: Reino Unido

Diretor: Oliver Parker 

Roteirista: William Ivory

Elenco: Michael Caine, Glenda Jackson, Danielle Vitalis

Nota: 4/5

Por Amanda Gomes 

Ambientado em um verão de 2014, em “A Grande Fuga” acompanhamos a história real de Bernardo Jordan, um veterano da Segunda Guerra Mundial que decide escapar da casa  de repouso em que vive e viajar até a França.

E ele não está sozinho nessa, sua esposa Rne está na fuga ao seu lado. Eles fazem tudo isso para participar da celebração do 70º aniversário do Dia D, apelido dado à batalha que ocorreu no ocidente, nas terras da Normandia. Batalha essa que foi nomeada e ficou conhecida por trazer a derrota da Alemanha. 

Eu confesso que tenho um fraco por filmes com idosos, pois me tocam em um ponto muito pessoal, quando o ator principal é Michael Cane isso acaba aumentando um pouco mais. 

Baseado em fatos reais e após pesquisar um pouco mais sobre essa história, o roteiro parece realmente ter saído de uma manchete do minuto G1. É um bom roteiro, no entanto, ele não foge quase nada dos clichês, seja colocando velhinhos realizando atos heróicos ou até mesmo na forma como aborda o estresse pós-traumático de ex-veteranos de guerra.

Para além dessas questões, o roteiro também tenta abordar como o casal de idosos lida com os holofotes provenientes dessa grande fuga e o modo como a segunda guerra mundial como um marcador de tempo da humanidade.

Contudo não teremos aqui um dramalhão, mesmo em cenas que parecem estar guiando para isso, são rapidamente desviadas para outros caminhos. O filme acaba parecendo mais como uma tentativa para que os jovens comecem a se conectar mais com os idosos.

Em matéria de elenco, Michael e Glenda dão um show de atuação, carismático e cheios de química em seus personagens, eles nos mostram o motivo por terem continuado sendo grandes nomes da cena audiovisual. 

Eu saí do cinema com uma sensação de coração aquecido, por mais que o diretor e roteirista tentassem não ir por um caminho mais intimista e sentimental, o filme ainda assim me deixou de olhos marejados, em grande parte por conta do atores com quem consegui uma enorme conexão.

Por fim, fica aqui uma dica obrigatória para ser assistida nos cinemas, em especial para celebrar essas duas atuações incríveis.