quinta-feira, 4 de julho de 2024

Neste sábado, exposição “Eterno Egito” chega à Casa Museu Eva Klabin com 100 itens milenares

 

O público verá pela primeira vez a junção dos acervos de Eva Klabin e da Viscondessa de Cavalcanti. Serão artefatos egípcios de até 3 mil anos a.C

Destaques do acervo da Viscondessa de Cavalcanti e de Eva Klabin, respectivamente: Face de ataúde do III Período Intermediário e Cabeça do Faraó da XVIII Dinastia (circa 1550 - 1307 a.C.). (Fotos: Marcio Brigatto e Mario Grisolli)

A exposição “Eterno Egito: A Imortalidade nas Coleções Viscondessa de Cavalcanti e Eva Klabin” traz a união inédita das coleções de Eva Klabin e da Viscondessa de Cavalcanti, duas colecionadoras que reuniram artefatos do antigo Egito em seus acervos. A mostra apresentará 100 peças de diversas dinastias, datando desde 3000 a.C. até o século I d.C. Com a curadoria de Helena Severo e Douglas Fasolato, a nova exposição da Casa Museu Eva Klabin estará aberta à visitação gratuita de quarta a domingo, das 14h às 18h, a partir deste sábado (6).


A exposição conjunta traz artefatos e objetos que refletem a crença egípcia na vida após a morte. Na coleção da Viscondessa, destacam-se uma estela policromada, de Per-a-Iset, que faz oferendas ao deus Ra-Osíris; fragmentos de um rosto de ataúde masculino; figuras shabtis (servidores funerários); e um significativo conjunto de amuletos funerários. A coleção de Eva Klabin apresenta como destaques um rosto de esquife de madeira dourada com olhos incrustados de marfim e ébano da XVIII Dinastia, uma estela funerária de pedra que pertenceu a Thutmés, representado se apresentando a Osíris, além de objetos votivos que destacam o importante papel dos animais na religião egípcia, como um esquife para uma múmia de gato. A coleção egípcia de Eva Klabin, atualmente a maior em exibição no Rio de Janeiro e uma das maiores do Brasil, integra o acervo permanente da Casa Museu, , enquanto a da Viscondessa de Cavalcanti pertence ao acervo do Museu Mariano Procópio, em Juiz de Fora (MG).

Na ordem: Rosto de Esquife, Esquife de Gato e Amuleto (Fotos: Mario Grisolli e Marcio Brigatto)

Apesar de separadas por cinquenta anos, a Viscondessa de Cavalcanti (1853-1946) e Eva Klabin (1903-1991) tiveram em comum o interesse por artefatos do Egito Antigo, desenvolvendo suas coleções por meio de viagens internacionais, residências em diversos países e visitas a ateliês de artistas, antiquários renomados e casas de leilões. A união de suas coleções nesta exposição permite uma reflexão sobre o papel das mulheres no colecionismo brasileiro e oferece um olhar sobre as motivações, práticas e intenções envolvidas no ato de colecionar. 

 

O fascínio contínuo pelo Egito Antigo transcende o tempo e continua a influenciar a sociedade, nos mais diversos setores. Na arte contemporânea este fascínio se materializa nas obras de artistas que completam a exposição “Eterno Egito”, dialogando com os acervos históricos de Eva e da Viscondessa. A exposição é uma iniciativa da Casa Museu Eva Klabin, com patrocínio da Klabin S.A, produção da AREA27 e realização do Ministério da Cultura. Apoio da Atlantis e da Everaldo Molduras.


SERVIÇO:

Dia: 06/07 a 15/09

Visitação: Quarta a domingo , 14h às 18h

Local: Casa Museu Eva Klabin (Av. Epitácio Pessoa, 2480 - Lagoa)

Entrada gratuita

Classificação livre


Sobre o curador Douglas Fasolato 

Douglas Fasolato é curador, pesquisador e gestor cultural. Foi diretor da Casa da Marquesa de Santos e Coordenador Geral de Museus da Funarj, onde atuou de 2017 a 2023 e liderou projetos e obras para a reabertura de museus e a realização de exposições intra e extramuros. Foi presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, de 2021 a 2023, e diretor superintendente da Fundação Museu Mariano Procópio, de 2009 a 2017. É mestre em Memória e Acervos, pela Fundação Casa de Rui Barbosa, e especialista em Gestão Cultural, pelo Neacc, além de possuir longa e reconhecida trajetória na imprensa (1986-2009). Integra diversos conselhos e é autor de livros e artigos publicados no campo cultural, especialmente sobre Patrimônio, Memória e Museus.


Sobre a curadora Helena Severo 

Helena Severo é advogada pela PUC/RJ e mestre em Ciências Sociais pelo IFCS/RJ. Atuou como gestora pública em várias posições de destaque, como secretária de cultura do estado e do município do Rio de Janeiro, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, do Theatro Municipal do RJ e da Fundação Casa França Brasil, além de diretora do Museu da República. Recentemente, realizou a curadoria de exposições como 'Sente-se - Coleção Bei em Diálogo', 'Burle Marx - A Paisagem Construída' e 'Vinicius de Moraes - Por Toda a Minha Vida'. Em 2000, foi curadora da 'Mostra do Redescobrimento - Brasil +500'.


Sobre a Casa Museu Eva Klabin:

Uma das primeiras residências da Lagoa Rodrigo de Freitas, a Casa Museu Eva Klabin reúne mais de duas mil obras que cobrem um arco de tempo de cinco mil anos, desde o Antigo Egito (3000 a.c.) ao impressionismo, passando pelas mais diferentes civilizações. A coleção abrange pinturas, esculturas, mobiliário e objetos de arte decorativa e está em exposição permanente e aberta ao público na residência em que a colecionadora viveu por mais de 30 anos. A Casa oferece programação cultural variada, que inclui, além das visitas ao acervo, exposições temporárias de artistas contemporâneos, oficinas, cursos e conferências para adultos e crianças. Enquanto referência no calendário cultural do Rio de Janeiro, a programação musical conta com a série Concertos de Eva, com os Concertinhos de Eva, dedicados ao público infantil, e com os shows de Nova MPB no jardim. Espaço de troca de ideias e aprendizados no presente, a Casa Museu mantém um diálogo constante com o passado e encontra sua originalidade na combinação entre o clássico e o contemporâneo.

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