Pequenas Cartas Obscenas [Crítica]

 Título no Brasil: Pequenas Cartas Obscenas 

Título Original: Wicked Little Letters

Ano: 2024

País: Reino Unido/França/ EUA

Roteiro: Jonny Sweet

Elenco: Oliva Colman, Jessie Buckley, Anjana Vasan, Joanna Scanlan, Gemma Jones, Malachi Kirby, Lolly Adefope, Eileen Atkins, Timothy Spall, Hugh Skinner, Paul Chahidi, Jason Watkins, Alisha Weir
 

Nota: 4/5

Por Amanda Gomes

Em Littlehampton, uma cidade litorânea inglesa de 1920, moram a profundamente conservadora local Edith Swan (Olivia Colman) e a turbulenta imigrante irlandesa Rose Gooding (Jessie Buckley), que são vizinhas. Em uma relação sem qualquer proximidade, Edith começa a receber cartas com xingamentos obscenos e desconfia que a autora seja Rose. 

A fim de parar de ser importunada, a polícia é chamada para começar a investigar Rose. Mas a história começa a ganhar uma escala ainda mais, outros residentes do bairro começam a receber cartas perversas e obscenas que são, além de incomodativas, involuntariamente hilariantes.

Todos então resolvem formalizar suas queixas contra Rose. As cartas anônimas provocam um alvoroço nacional e segue-se um julgamento em cima de Rose que corre o risco de perder a guarda de sua filha caso seja condenada. No entanto, quando as mulheres da cidade, lideradas pela policial Gladys Moss, começam a investigar o crime elas mesmas,  suspeitam que algo está errado e que Rose pode não ser a culpada, afinal.

“Pequenas Cartas Obscenas” nos apresenta duas personagens com jeitos completamente conflitantes , mas que à sua própria maneira conseguem cativar e encantar o público. Por mais que você se identifique mais com uma, ainda é impossível desgostar da outra. 

O roteiro busca retratar, sem se aprofundar muito, na falta de liberdade das mulheres dos anos de 1920 dando um foco que quem realmente se importavam e poderiam lugar por seus direitos eram elas mesmas, isso fica claro quando percebemos os policiais homens fazendo pouco caso e apenas aprendendo Rose porque era mais fácil para resolver logo a história. 

Em matéria de ritmo, o primeiro ato do filme se desenrola de forma rápida e fácil perdendo a completa atenção da plateia de forma que ficamos curiosos e ávidos para embarcar na solução desse caso. 

No que se trata de elenco, tendo um nome como Olívia Colman, não é nem preciso dizer que vamos encontrar atuações excelentes em suas totalidades. Mas o destaque não fica apenas para Colman, o elenco por inteiro merecem um reconhecimento pelo trabalho que entregam. 

“Pequenas Cartas Obscenas” entregou mais do que esperava, indo além da documentação de uma história verídica, entrega de forma simples e despretensiosa reflexões acerca de como a relação da liberdade da mulher foi sendo estabelecida ao longo do tempo e de como são as únicas aliadas em sua própria luta. 

Para quem busca algo que fuja um pouco das super produções elaboradas, mas queria um filme divertido com pitadas de drama e investigação, então não pode deixar de ir conferir “Pequenas Cartas Obscenas” nos cinemas. 

*Cabine presencial à convite da assessoria

* O filme estreias nos cinemas brasileiros em 25 de julho de 2024