sábado, 28 de setembro de 2024

Pacto de Redenção


 Título no Brasil: Pacto de Redenção 

Título Original: Knox Goes Away

Ano: 2024

País: Estados Unidos 

Diretor: Michael Keaton

Roteirista: Gregory Poirier

Elenco: Michael Keaton, Ray McKinnon, Joanna Kuling

Nota: 2,5/5.0

Por Amanda Gomes


John Knox é um assassino de aluguel diagnosticado com uma forma rápida de demência, uma condição rara. Antes de perder completamente o controle da sua mente, ele recebe a oportunidade de se redimir salvando a vida do seu filho adulto, Milles, com quem não tinha contato há cinco anos.


O filho resolve o procurar desesperado por ajuda para encobrir um crime que cometeu. Como uma tentativa de se reconectar com Milles e escapar da prisão, ele vai atrás de Xavier e juntos vão tentar de tudo para que o sucesso dele seja garantido, incluindo correr contra a polícia que se aproxima dele, bem como o relógio correndo de sua própria mente em rápida deterioração.




A ideia do filme até parece promissora: temos John Knox, um matador de aluguel experiente que começa a sentir os efeitos da doença enquanto tenta seguir com sua vida. A trama tenta misturar duas grandes histórias: o avanço da demência de Knox e sua tentativa de ajudar seu filho a esconder um corpo. Até aqui, parece que estamos prestes a ver um grande thriller cheio de tensão, né? Mas não é bem isso que acontece.


Pra começar, o ritmo do filme simplesmente não engata. Algumas cenas são lentas e os diálogos, infelizmente, não trazem o impacto necessário. Há até momentos interessantes, como quando Knox esquece que já tem uma xícara de café na sua frente, ou quando ele, sem querer, acaba matando seu parceiro por causa de um lapso de memória. São cenas que prometem, mas que acabam sendo ofuscadas pelo roteiro, que não consegue balancear bem as duas subtramas principais.


A relação entre pai e filho, que poderia dar um toque mais emocional à história, também não convence. Miles surge do nada pedindo ajuda ao pai após matar o estuprador da filha, mas o conflito entre os dois nunca é realmente explorado de forma profunda. E quando a trama tenta se concentrar nas investigações de assassinato, tudo se arrasta sem grandes surpresas ou reviravoltas.


O filme até tenta pegar elementos de filmes noir, criando um clima de mistério em torno dos planos de Knox, mas, sinceramente, a sensação é que nunca chega a decolar. Parece que Keaton se enrola nas próprias escolhas, sobrecarregando a narrativa sem conseguir dar o fôlego que o filme precisa. O personagem de Knox é, talvez, o único grande atrativo, trazendo um assassino inteligente com aquele charme excêntrico que Keaton faz tão bem. No entanto, conforme a demência avança, até esse brilho se perde em uma interpretação que beira o exagero. Tem horas que Knox parece mais perdido com o roteiro do que com a própria doença!


É curioso, porque “Pacto de Redenção” poderia ter funcionado bem como uma comédia de humor controverso. Algumas situações pedem isso, mas o filme se leva muito a sério, apostando num tom sombrio que nem sempre funciona. No final, há uma pequena faísca emocional que até dá algum respiro, mas é pouca coisa para transformar essa volta de Keaton à direção em algo realmente memorável.


No geral, “Pacto de Redenção” deixa a desejar. Se você é fã de Michael Keaton, talvez ainda encontre algum charme na atuação, mas como thriller, o filme não entrega o que promete.


Cabine presencial à convite da assessoria

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