Título no Brasil: Queer
Título Original: Queer
Ano: 2024
País: Estados Unidos
Diretor: Luca Guadagnino
Roteirista: Justin Kuritzkes
Elenco: Daniel Craig, Drew Starkey, Jason Schwartzman
Nota: 3,5/5.0
Por Amanda Gomes
“Queer” segue a vida de Lee, um expatriado americano que se encontra na Cidade do México após ser dispensado da Marinha. Lee vive entre estudantes universitários americanos e donos de bares que, como ele, sobrevivem com empregos de meio período e benefícios do GI Bill, uma lei que auxiliou veteranos da Segunda Guerra Mundial.
Em meio à vida boêmia da cidade, Lee conhece Allerton, um jovem por quem desenvolve uma intensa paixão. O filme explora temas de solidão, desejo e a busca por identidade em um cenário pós-guerra, com uma ambientação que retrata fielmente a atmosfera da Cidade do México nos anos 1950.
Apesar de no início ter pensado que eu veria quase uma continuação de “Rivais”, o novo longa do diretor acaba por surpreender um pouco. Entregando uma excelente atuação de Daniel Craig, a primeira parte do longa nos faz acompanhar o dia a dia do personagem que parece perdido por ali. Não existe sutileza ao retratar a relação do personagem com a comunidade queer e a sociedade pós-guerra, representada por olhares tortos e desprezo. O filme acaba mostrando que a vida de Lee e dos companheiros é uma vida bem solitária.
Com uma excelente fotografia, é possível perceber o desejo e tensão entre os personagens. É quase como se essa fosse a versão para adultos de alguns de seus longas anteriores. A forma como as cenas de intimidade são conduzidas é quase como se estivéssemos juntos aos personagens.
Apesar de muitos pontos positivos, chega uma hora em que o sentido do filme parece um pouco nublado e resolve focar apenas nos vícios dos personagens principais. Acompanhar a relação não é mais instigante, fica um pouco chata e enfadonha. E Lee que antes era um excelente personagem passa a ser completamente irritante.
“Queer” acaba sendo uma experiência incompleta, uma meia história com propósito, emoção e reflexão sobre o dia a dia dos expatriados homossexuais da trama, com um Daniel Craig digno de figurar em todas as grandes listas do ano e das premiações. O filme termina de forma melancólica, com um símbolo impactante da busca pelo amor, companheirismo e afeição. Esses temas e sentimentos vão se diluindo na história ao longo dos 135 minutos do filme e ficam perdidos no caminho.
É um bom filme e com uma experiência para ser vivida nas grandes telas, só que infelizmente não sustentou minha satisfação do início ao longo da trama.
Confira em vídeo
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