TÃtulo no Brasil: Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda
TÃtulo Original: Freakier Friday
PaÃs: Estados Unidos
Direção: Nisha Ganatra
Roteiro: Jordan Weiss
Elenco: Jamie Lee Curtis, Lindsay Lohan, Julia Butters
Nota: 4/5
Já virou quase um esporte de Hollywood revisitar histórias queridas do público e a Disney sabe jogar muito bem. Depois de ressuscitar “Abracadabra” e confirmar até uma sequência de “O Diabo Veste Prada”, chegou a vez de “Sexta-Feira Muito Louca” ganhar um reencontro de famÃlia.
Duas décadas se passaram desde que Tess e Anna trocaram de corpos e de vidas, e agora, em “Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda”, as coisas ficam ainda mais… bem, loucas. A troca continua lá, mas o tabuleiro cresceu: mãe, filha, neta e até futura enteada entram na dança.
Anna, agora adulta e mãe solo da pré-adolescente Harper, tenta equilibrar trabalho, maternidade e um relacionamento novo. Tess, avó cool e ainda cheia de energia, vive seu auge com podcast, livro novo e um olhar mais leve para a vida. Mas é claro que uma confusão mágica não iria resistir a um reencontro familiar. Quando o feitiço volta a acontecer, não são só mãe e filha que acordam em corpos trocados: Harper e Lily, a futura enteada de Anna, também entram no jogo. O resultado? Uma sequência de mal-entendidos, crises existenciais e situações tão absurdas quanto divertidas.
O que mais me surpreendeu foi que o filme não se limita ao fanservice. Sim, tem referências fofas ao original, a banda Pink Slip, a energia do show final, piadas internas, mas o roteiro de Jordan Weiss vai além: fala sobre envelhecimento, relações entre gerações, maternidade e até sobre aprender a se comunicar quando o mundo (e nós) mudamos. A troca de corpos, aqui, é menos sobre o choque e mais sobre olhar de verdade para o outro e para si.
Jamie Lee Curtis continua um espetáculo à parte, abraçando o humor fÃsico e a ironia com a segurança de quem já venceu Oscar e enfrentou Michael Myers. Lindsay Lohan, por sua vez, está radiante no retorno: mantém o timing cômico afiado, mas adiciona camadas de maturidade que fazem Anna soar real e próxima. Entre as novatas, Julia Butters e Sophia Hammons dão frescor e criam uma quÃmica que sustenta a nova dinâmica. Ver as quatro interagindo é um dos grandes prazeres do filme.
A direção de Nisha Ganatra acerta no tom: mantém o ritmo leve, mas sem cair na pressa ou no exagero cartunesco. Há cenas visualmente cuidadas como a troca de corpos no meio de um show ou o passeio enlouquecido pelas ruas de Los Angeles, e detalhes de direção de arte que contam história: a casa de Tess, organizada e refinada; a de Anna, mais caótica e acolhedora.
E tem trilha sonora para completar o abraço nostálgico: um equilÃbrio certeiro entre músicas novas e sons que remetem aos anos 2000, criando uma ponte afetiva para quem cresceu com o original, mas sem deixar o filme datado.
No fim, “Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda” é sobre famÃlia, empatia e segundas chances, para personagens e para nós, espectadores. Faz rir, aquece o coração e mostra que, sim, à s vezes o raio cai duas vezes no mesmo lugar. E quando ele traz de volta Jamie Lee Curtis e Lindsay Lohan no auge da sintonia, a gente só agradece
Oii!
ResponderExcluirAh, estou doida para assistir esse! Tem um gostinho de infância, não é?
Lembro de assistir diversos filmes da Lindsay Lohan, na sessão da tarde, quando era mais nova. Eram filmes tão divertidos!
Beijos
www.ventodoleste.com.br