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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Menina que Via Filmes : Que Mal eu Fiz a Deus? [Crítica]

Título Original : Qu'est-ce qu'on a fait au Bon Dieu?
Título no Brasil ; Que Mal eu fiz a Deus?
Dirigido por Philippe de Chauveron
Com Christian Clavier, Chantal Lauby, Ary Abittan mais
Gênero Comédia

Nacionalidade França
Ano : 2014





















Não por acaso, Que Mal eu Fiz a Deus? foi o filme mais assistido da França ano passado. Obviamente, os críticos odiaram e não entenderam o porque de tanta bilheteria. 
Se você vive ligado nos telejornais e/ou assim como eu ama filmes franceses, já acordou para a realidade de que a França é hoje um país composto por uma quantidade alta de imigrantes. Povos africanos, árabes, judeus , orientais... são donos de boa parte do comércio e com isso após se regularizem no país trazem com eles uma nova etnia , uma França nova e multicultural que não é muito bem aceita pelos mais tradicionais.
O filme toca com humor - ok, muitas vezes exagerado - em um tema sério, mas aqui, em toda projeção, não se quer discutir se é certo ou errado a França abrigar os refugiados, se realmente há um desemprego crescente no país que por isso precisam rever suas leis de protecionismo. 
Casados há mais de 30 anos, o casal Vernuils é católico, tradicional e tiveram 4 filhas. O sonho deles é que elas se casassem na igreja próxima à casa onde foram criadas, mas isso não acontece. A primeira se casa com um judeu, a segunda com um muçulmano e a terceira com um chinês. A caçula é a única esperança do casal , mas ela mesma sabe que será um choque para os pais quando apresentar o noivo. Apesar de católico, Charles ( Noom Diawara) é da Costa do Marfim, negro e de família tradicional do país dele, o problema da união deles se dará pelos dois lados : os pais da moça que são preconceituosos e os pai dele que tem horror a franceses e brancos.
Como se não bastasse, os próprios genros brigam entre si, e a princípio tem implicância com o mais novo genro por acharem que 3 tudo bem, mas quatro genros " diferentes" é demais para o pobre casal que literalmente surta com a novidade.
Chega a ser ridículo as irmãs olharem torto para a irmã mais nova que era a última esperança do tradicional casal de terem um casamento como esperavam para as filhas, se nenhuma delas se perguntou se isso valia a felicidade?
Na verdade, apesar de terem piadas bem feitas e algumas até exagerando no esterótipo, sabemos que o resultado seria um  felizes para sempre , bem à altura do que esperamos que pais conscientes de que independente da religião ou cor de pele do marido de suas filhas o que vale é a felicidade, certo?

























Há cenas para todos os gostos, mas talvez a mais engraçada delas seja de como o pai do noivo é ainda mais preconceituoso e contra o casamento deles do que o pai da noiva, juntos e embriagados, eles vão esquecer as diferenças e nos divertir muito.
É um filme divertido, no meio do politicamente correto e do incorreto, mas que pode facilmente se passar no Brasil, onde o número de imigrações é bem alto.