Título Original: Garota de Domingo
Autora : Letícia Black
Editora Novo Século
Número de págs: 236
ISBN 978-85-428-0359-4
Sempre que começo uma resenha eu gosto de informar o como o livro chegou em minhas mãos. Na verdade o correto é dizer o como a autora chegou aos meus ouvidos. A prima de meu noivo havia me falado de Letícia, disse que amava as fan fics dela, depois vi duas amigas postando super bem sobre o livro Garota de Domingo e fiquei curiosa em ler. Como apresento os eventos do blog eu convidei a Letícia e dias antes ela tinha saído em uma matéria bem bacana em um jornal local falando do sucesso dela.
Foi assim que comprei o livro e ao pegá-lo para ler o devorei em um sábado! E nem foi o dia inteiro...mas sim uma noite/ madrugada, simplesmente não conseguia parar de lê-lo, muitos pontos para autora porque o livro que li antes desse me desanimou um pouco de tão chatinho que era.
Mas vamos ao livro. Pam é muito rica, sabe aquela pobre menina rica? Ela é assim, ela perdeu os pais no mesmo acidente, foi criada pela tia que também morreu e ela administra uma baita grana de herança deixada por eles, mesmo assim ela leva uma vida comum, bem simples. Mas o maior problema da vida dela não é ter perdido todos em sua casa, ela vive as voltas e lágrimas por causa de Davi, seu namoradinho - se é que podemos chamá-lo assim - que conheceu nos tempos de escola e que atualmente só a vê uma vez por semana! Sempre aos domingos, por isso o título é esse.
Como se não bastasse a falta de amor próprio dela ao aceitar a situação, ele sempre chega bêbado, vomita em seu jardim, pede um banho, um remédio para dor de cabeça e depois dorme. Sim, no quesito atenção o babaca é nota zero.
A personagem é exatamente como já fui um dia, por amar demais ela tem esperança de que um dia ele vai mudar,que vai vê-la todos os dias da semana e só pelo fato dele vir já sente grata , afinal ele poderia nem ir vê-la, como se isso fosse uma grande coisa, quando sabemos que o correto e o que seus melhores amigos Bia e Tom esperam é que ela bata a porta na cara dele, mas ela não o faz e nem cogita em fazê-lo.
O que acontece depois é que um belo dia - ou não - quando ele entra no banho ela mexe no casaco dele e encontra uma agenda, ela vê que para cada dia da semana ele tem um tipo de mulher, passando pela bibliotecária que ela conhece, até a professora da creche de Caio filho de seus melhores amigos...o rapaz garanhão arruma tempo para sete mulheres! Ela sendo a de domingo.
Qualquer pessoa faria o que? Eu avançaria nele, fazia ele engolir aquela agenda e ele ia sair daquela casa tão arranhado que iam achar que ele se encontrou com o Wolverine.
Mas o que ela faz? Ela chora, respira fundo, conta aos amigos e decide que irá fazê-lo esquecer as outras já que afinal - como mulher é burra nessas horas...em pensar que eu já fui Pam por quase um ano! - ela vai tentar ser cada uma delas e provar a ele que ele somente precisa dela, tudo porque ao lado do nome dela está que ela é a garota para ficar para sempre, palhaçada, e os chifres? Cara safado...desculpem me, voltamos para resenha!
Ao tentar ser cada uma delas com a ajuda de Bia e Tom ela não somente se machuca como não aceita o porquê dele ter feito tudo isso - sim, acreditem, a autora inventou um motivo, senão a gente jogava o livro longe! - e mesmo assim não me convenceu, na vida real eu não aceitaria ele de jeito nenhum. Se Pam aceita? Leiam o livro, porque vale muito a pena, não tem como parar depois que começamos, palmas para a autora que me surpreendeu positivamente com essa história, agora entendo seu sucesso.