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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Menina que via Filmes : Minha Querida Dama [Crítica]

Título Original : My Old Lady
Título no Brasil; Minha Querida Dama
Dirigido por Israël Horovitz
Com Kevin Kline, Maggie Smith, Kristin Scott Thomas mais
Gênero Comédia , Drama , Romance

Nacionalidade EUA , França
Ano : 2014




















Vendido como uma comédia misturada com drama, só consegui enxergar tristeza em um roteiro que tenta nos fazer rir, mas não o consegue. Primeiro, o péssimo título dado ao filme no Brasil, o correto seria " minha senhora" e não " minha querida dama"! 
Mathias ( o sempre estupendo Kevin Kline) é um divorciado americano que vem de New York para Paris para receber a herança do pai. Na verdade ele deixou um apartamento gigante em seu nome e ele está contando os dias para vende-lo, já que em seu país de origem não tem mais nem um emprego.

Ao chegar no apartamento se depara com Mathilde ( Maggie Smith, que dispensa apresentações!) , uma senhora de 92 anos dormindo em dos cômodos. O presente de grego deixado por seu pai é na verdade um apartamento com uma inquilina que não pode ser despejada de acordo com as leis francesas. Lá existe a venda viager, ou seja, quando o dono de um imóvel compra o de uma pessoa com idade avançada por um preço muito abaixo do mercado, mas se compromete a deixa-lo morando até o antigo dono morrer e ainda deve pagar uma espécie de aluguel para ele. Complicado, certo? Para Mathias também, e ele tenta entender como se próprio pai pode ter doado tudo que tinha para uma instituição de caridade e ter deixado um apartamento com uma senhora dentro para ele ?
Era para ter graça, mas não achei. Para completar, o protagonista é um homem sofrido, depois de  3 casamentos desfeitos, nunca se sentiu amado pelo pai, sua mãe se matou, ele é um ex alcoólatra e agora ainda descobre que na verdade herdou uma dívida.
Ah sim, a filha de Mathilde também mora na casa, Chloé ( Kristin Scott Thomas) faz de tudo pela mãe, de quem  também nunca teve muito amor, mas é uma solteirona que tem um romance com um homem casado.
Cadê a comédia? Pois é, há muitos conflitos internos dos personagens, as revelações quando vem parecem um tapa não somente no espectador mas neles e não consigo entender como foi possível aquele final? 
O filme se sustenta por atuações fantásticas, o tema pesado de traição paira no ar e os três conseguem fazer cenas épicas, onde há um duelo de talentos , atores ótimos que já conhecemos se enfrentando em questões que envolvem o passado e o presente.
Vale a pena assistir, mas não espere dar gargalhadas.