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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Menina que ia ao Teatro : Anti - Nelson Rodrigues [Crítica]




Título Original : Anti - Nelson Rodrigues
Texto : Nelson Rodrigues
Teatro Gláucio Gill - Copacabana
Sexta à domingo - às 20 h 
Valor R$ 30  (meia-entrada para idosos e estudantes)
Elenco : Tonico Pereira, Joaquim Lopes, Juliana Teixeira E Luiza Maldonado


Toda vez que faço críticas de peça de teatro sou bombardeada de críticas de pessoas que acham que sou especialista e que julgam o que coloquei . Gostaria de lembra-los que amo falar sobre o que assisto e  o que achei das peças, mas de forma alguma sou expert em textos e montagens teatrais. O blog não tem fim lucrativo, é um hobby, e portanto , meu compromisso é informar sobre minha visão de espectadora das peças teatrais.

Segunda à noite, nada de legal para fazer, você recebe aquela mensagem de uma amiga querida que é atriz e que ama teatro assim como você. Adoro Nelson Rodrigues, a peça era ao lado de minha casa, fui feliz  e devo confessar : que peça maravilhosa!
Um elenco de primeira ajudam na composição de mais um texto sensacional de Nelson Rodrigues. Ali, na primeira cena Oswaldinho ( Joaquim Lopes) é pego pela mãe Tereza ( Juliana Teixeira) roubando suas joias. Ali percebe-se a relação doentia entre mãe e filho. O rapaz que não vale nada é protegido pela mãe que lhe informa que mesmo que ele matasse alguém ficaria do seu lado. Milionários, ambos não curtem o pai e empresário que rala o dia todo para dar a boa vida dos dois. Rogério Freitas faz Gastão, o homem infeliz que sabe que sua esposa não o suporta e que seu filho lhe manda cartas anônimas. 
O filho quer que a mãe convença seu pai a coloca-lo na presidência e ele tem o que quer. Sem juízo algum ele no primeiro dia de trabalho já dá em cima da bonita mas ingênua Joice ( Luiza Maldonado) que está muito feliz por conseguir seu primeiro emprego. Evangélica , noiva e filha de Simão Salim ( Tonico Pereira, a melhor coisa da peça!) ela vê bondade nos atos mais canalhas de Oswaldinho. Ele não mede esforços para conquista-la. No embate entre os dois como se o bem tentasse corromper o mal ele envolve até mesmo seu pai.

Simão é viúvo, aposentado, botafoguense roxo e ama sua filha, e percebe a maldade em Oswaldinho, ou melhor, as segundas intenções por trás daquele ato.
Na sala de teatro lotada uma cena de nudez de um dos personagens faz a plateia gritar um " oh". 
O final não é esperado - pelo menos não por mim que não tinha lido nada  a respeito - e tem a marca Nelson de qualidade. Uma das melhores peças que vi atualmente.