O quão incrível é assistir a um filme que já começa mostrando como os cinemas chegavam nas pequenas cidades na década de 40? Em O espírito da colmeia vemos a pequena cidade de Castela, onde a maior diversão é quando o cinema chega com um filme novo, uma senhora avisa que filme irá passar, o valor das entradas e os pequenos são quem mais se animam levando suas próprias cadeiras em frente à uma tela imensa, alguns acabam sentados no chão.
É nesse ambiente que somos apresentadas às duas irmãs Ana e Isabel, que atentas e curiosas como toda criança se animam em ver o filme ainda que sentindo receio da figura do protagonista, Frankestein.
Uma curiosidade é que na época da gravação, de acordo com o diretor Víctor Erice, a atriz Ana Torrent, que tinha 6 anos na época da filmagem, acreditava que Frankenstein existia de verdade, e a primeira vez que viu o ator maquiado para interpretar o monstro, ficou completamente apavorada e depois perguntou por que ele havia matado a garotinha (no filme "Frankenstein", de 1931), mas o ator não sabia o que responder.
Dito isso, a impressão que temos com o filme é de um clima nostálgico e delicioso de uma era que eu por exemplo não vivi, mas onde a falta de tecnologia fazia com que crianças sonhassem mais e fossem mais ingênuas. Nem sempre ter muita informação é uma benção, ainda mais quando se faz tudo em um ritmo acelerado como nos dias atuais.
Por isso mesmo mergulhar em um filme como esse, que ainda impressionava adultos e crianças, exemplo de Ana que fica tão assustada que quer entender porque o monstro mata, enquanto sua vida tem um drama visível. Sua mãe escreve cartas a todo instante para um homem que não viveu a tempo seu grande amor, o pai que é apicultor vive imerso em trabalho, e as duas irmãs fazem companhia uma a outra.
Os pais ou a ausência deles faz com que o risco da curiosidade das crianças em desvendar o mistério seja perigoso, já que elas vão em lugares perigosos e saem à noite sem que estes percebam.
Para mim que amo cinema desde antes da idade das meninas, amei tudo que vi nesse filme, desde a construção da fantasia criada por elas, a curiosidade pelo desconhecido e a fuga da realidade. Que filmes fantástico.
*longa assistido em cabine on-line à convite da Assessoria.
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Ah que delícia poder ver estas dicas aqui com filmes que a gente aqui distante, nunca ouve falar!!!
ResponderExcluirDeve ser fantástico viver uma experiência assim. Ri da parte da menininha acreditar em Frank rs e isso deve ter dado um ar todo inovador ao enredo.
Com certeza verei se for possível!!!
Beijo
Angela Cunha
Aaaa! Crianças e sua doce ingenuidade.
ResponderExcluirAqui a imaginar a alegria delas e da pequenina cidade com o cinema
Raffa!
ResponderExcluirQue interessante a ingenuidade das crianças.
O filme parece muito bom ee tomara que chegue aqui no Brasil.
cheirinhos
Rudy