segunda-feira, 20 de abril de 2015

Menina que via Filmes : Casa Grande [Crítica]

Título Original : Casa Grande
Dirigido por Fellipe Barbosa
Com Thales Cavalcanti, Marcello Novaes, Suzana Pires mais
Gênero Drama

Nacionalidade Brasil
Ano : 2014
Duração : 1h 54 min


























Saí de casa para ver um filme com o Al Pacino, mas sabe-se lá porque o cinema só o passaria por quatro dias. Para não voltar para casa sem ver nada, olhei o horário e tinha o filme Casa Grande , optei por vê-lo.
O filme nacional começa bem, a tal casa do título pertence a Hugo ( Marcello Novaes, muito bem no papel) um economista rico que vê sua fortuna ruir com a queda do império de Eike Batista, pelo que vemos ele havia investido milhões. Pai de 2 filhos, casado com Sônia ( Suzana Pires) a família é a típica brasileira rica, o filho mais velho Jean ( Thales Cavalcante) é aluno do último ano do tradicional colégio só de meninos São Bento, vai a escola todos os dias com o motorista Severino, tão amigo dele que foi quem o levou para Vila Mimosa para perder a virgindade. Sua irmã é mais apagada na história de propósito, os pais quase não ligam para o que ela pensa, ela quando fala não é ouvida, quantos de nós não temos famílias machistas onde o homem é mais ouvido e querido que a irmã?

Os empregados da casa - ao todo 3! - também tem importância na história. Noêmia é a crente , Severino é o boa praça e Rita ( Clarissa Pinheiro) é a moça nua do pôster do filme que tem uma relação clichê com Jean. Quase toda a noite ele vai até o quarto dela tentar agarrá-la, ela se esquiva mas deixa que ele passe creme em suas pernas, também conta a ele detalhes de suas transas com outros homens e dá descaradamente em cima dos amigos do rapaz.
Quando a falta de grana começa a aparecer, parece meio surreal que dois adolescentes não percebam as coisas no mundo tão esperto que vivemos hoje. Os pais tentam esconder de todas as formas que estão falidos. O primeiro passo é após 15 anos mandarem embora Severino, ao menino dizem que ele foi embora para Paraíba. Depois começam a ligar para casa cobrando os , a cozinha já não tem mais tanto item quanto antigamente e o pai não tem 70 reais para entregar ao filho que deve um amigo após uma boate.
Nesse cenário típico brasileiro onde muitas famílias que tem muito veem seu império ruir, Jean começa a pegar ônibus, e as imagens mostradas são tão reais que o filme acerta o tempo todo prendendo a nossa atenção e nos fazendo lembrar de famílias que conhecemos que também perderam tudo, ou em alguns casos até de alguém da nossa mesma. 

É no ônibus que Jean vai conhece Luísa ( Bruna Amaya) , estudante também do último ano do colégio Pedro II, um dos poucos colégios públicos de qualidade do Rio de Janeiro, de vidas diferentes, ela é cotista, o que vai fazer com que o pensamento de Hugo não bata com o dela. Os dois engatam um namoro fofo que faz o telespectador torcer por eles.
Quase chegando no final o filme erra e feio. O protagonista que tinha força perde a, para do nada não ligar mais para menina que estava apaixonado, para sofrer quando Rita também é desligada , e como disse alguém no banheiro após o final do filme, o mesmo é ótimo mas esqueceram  o final. Uma pena, porque não indico o filme, acho que finais para se deixar abertos podem existir de várias formas mas não combinaram com esse filme em questão. Que pena que o do Al Pacino não estava em cartaz. 

4 comentários:

  1. Eu ainda pertenço ao time que sempre dá uma chance ao cinema nacional(salvo algumas exceções)..rs Made in China e O Casamento de Goretti que tentei ver esta semana e desisti. Não deu pra encarar as histórias.
    Não conhecia esse filme e depois do que li acima, prefiro nem conhecer..rs Acertar em um filme e pecar no fim é dose pra leão! Mas são tantos filmes assim né?
    E na boa..devia ter esperado o Al chegar!rs
    Beijo

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  2. Até então eu tinha me interessado em ver o filme, pois como a Ângela disse também dou sempre uma chance ao cinema brasileiro, mas fiquei um tanto quanto triste pelo filme em si não ter tido um bom final que é uma pena. Infelizmente os filmes brasileiros deixam a desejar e não temos nem o que argumentar a seu favor, em compensação os autores nacionais estão de parabéns, pois a cada dia tenho me interessado muito mais em ler um livro nacional do que os de outros autores estrangeiros.
    Valeu pela dica, passarei batida desse filme rs
    Beijos

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  3. Uma boa pedida para cinema brasileiro,mas que pena o filme não teve coerência com a história desenvolvida.
    Obrigada pela dica,menina do blog!

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  4. Não faz o meu tipo de filme, então esse eu acabaria passando de qualquer forma, mas agora que já sei o que você achou, não me arriscarei mesmo. E Al Pacino é "mito", como diz um amigo meu, então foi uma pena mesmo que você não tenha conseguido assistir.
    beijos!

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