domingo, 27 de dezembro de 2015

Menina que via Filmes : As Sufragistas [Critica]

Título Original : Suffragette
Título no Brasil : As Sufragistas
Lançamento 24 de dezembro de 2015 (1h46min) 
Dirigido por Sarah Gavron
Com Carey Mulligan, Helena Bonham Carter, Meryl Streep mais
Gênero Drama , Histórico

Nacionalidade Reino Unido















Antes de mais nada vale a pena avisar duas coisas : quem vai ao cinema querendo ver Meryl Streel vai se decepcionar , a atriz aparece durante 5 minutos do longa! Outro ponto importante é que o filme foca no direito ao voto feminino como pontapé inicial para que as mulheres obtenham outros direitos e isso é uma lição para todos - por favor, não achem isso ultrapassado, a Arábia Saudita somente permitiu que as mulheres votassem esse ano! - seja você homem ou mulher que reclama de quando tem que levantar no domingo para exercer seu direito.
Vamos ao filme : Maud Watts ( Carey Mulligan) é uma lavadeira de apenas 24 anos, mãe de um menino e casada com Sonny que também trabalha na mesma lavanderia . Ela cresceu no local após a morte prematura da mãe, foi criada por ali e abusada constantemente pelo patrão. 
Hoje, casada, ele não a cobiça mais, ela tem uma vida pacata com seu marido que não a agride, mas também não entende porque em pleno 1912 as mulheres precisam votar. E é exatamente em um simples diálogo com o marido antes de se deitar que ela acorda para a vida, literalmente . Com algumas amigas da fábrica se rebelando contra o governo que não as permite votar, ela vai cada vez mais participando das reuniões e querendo lutar pelos seus direitos. Para o espectador, claro que fica óbvio o quanto votar é um direito essencial, mas a diretora coloca em cena questões familiares e aí fica complicado para o público querer que ela continue na luta. 
O exemplo maior é que ela perde a guarda do filho , que era mais um direito exclusivo dos homens, sim, ela se separa do marido que não a quer mais metida nessa luta. Não fica portanto para ele o papel de vilão, já que ele parece mais é um fraco diante da pressão da sociedade que nem querem mais que eles morem na casa naquela rua.
Também temos a sempre maravilhosa Helena Bonham Carter no papel da médica Edith, chefe das Sufragistas ( atrás apenas da toda poderosa Meryl Streep em uma ponta de luxo)  , ela dedica sua vida à causa.

Alguns pontos me intrigaram. Uma das mais fiéis donas da causa, não percebe que a filha mais velha é abusada, enquanto luta pelos direitos das mulheres, sua filha sofre nas mãos do patrão. Essas cenas, sinceramente, me fizeram perguntar se realmente vale a pena lutar por algo e esquecer da família? Claro que para o meu próprio bem hoje e de todas as mulheres isso fez uma tremenda diferença, mas elas abdicaram de seus filhos, e isso me deixou um pouco chocada se esses filhos não ficaram com raiva de suas mães e entenderam o como elas foram importantes para a causa?
No papel de vilão temos o excelente ator Brendan Gleeson como o Inspetor Arthur,  ele dá medo só de olhar, como um investigador que não mede as palavras o que ele diz à Maud é de querer entrar na tela e dar uns bons socos nele.
O filme é bem  parado , requer atenção mas a mensagem é super importante, não somos nada sem escolher quem nos governa, nós então sabemos bem o como uma escolha errada nos afeta, veja a atual governante, o direito ao voto também permitiu que mulheres se candidatassem, talvez nossa presidente precisasse ver esse filme e aprender que a confiança que a maioria depositou nela vem de toda uma luta para que ela pudesse votar e virar a mais importante figura política do Brasil.
Tem cheiro de indicação para Carey Mullingan, mas posso estar errada. 

4 comentários:

  1. Andei vendo a chamada para este filme no mundo virtual, mas não havia parado para ler do que realmente se tratava. Sou bem avessa a filmes assim, parados, mesmo que contenham mensagens tão positivas sobre luta e direitos adquiridos.
    Claro, o time de atores é espetacular e também penso que nenhuma luta vale uma família.
    Acabarei vendo!!
    Beijo

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  2. Realmente parece um excelente filme, que aborda um tema importante, mas que hoje em dia as pessoas não se interessam, principalmente aqui no nosso país, que tá "essa maravilha" né!Mas acho eu que o fato de lutar por direitos, mas deixando de lado deveres (no caso, cuidar da família), não é válido, e me pareceu um ponto negativo desse filme, mesmo assim, quero assistir pra ver como é! Bjão Raffa!

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  3. Esse tipo de filme, não é algo que eu goste...principalmente sendo parado. Realmente esses tipo de histórias com essas mensagens, são muito importantes, mas pra mim, não vale se tiver que deixar minha filha se submeter a esse tipo de abuso.
    Amei sua resenha.

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  4. Fiquei muito interessada em ver esse filme, mesmo sendo parado,a cho que vale a pena ver.

    Beijos :)

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