domingo, 10 de janeiro de 2016

[Resenha] O Diário de Anne Frank @editorarecord

Título Original : The Diary of a Young Girl
Título no Brasil: O Diário de Anne Frank
Autora : Anne Frank ( com adaptação de Mirjam Pressler) 
Editora Record
Tradução de Alves Calado
Número de págs: 414





Acredito que todo mundo que ame ler tenha uma história particular com esse livro. A minha começou ainda criança - não lembro exatamente a idade  - quando minha mãe contou que sua escola chamava Escola Municipal Anne Frank e que ela decorou músicas israelistas para apresentar ao pai de Anne , Otto, na viagem que fez ao Brasil. Claro que depois disso me interessou e muito saber mais sobre quem era Anne Frank, então quando eu tinha uns 13 anos entrei na finada loja Sodiler e adquiri um pocket book - que tentei encontrar para mostrar a vocês, mas até o momento não achei o - do livro em inglês. 
Devorei o em poucos dias, confesso que naquela época meu inglês não era tão fluente quanto o de hoje, mas com a ajuda do dicionário entendi boa parte. Hoje, ao pegar o livro para ler novamente, me peguei lembrando de poucas coisas.
Agora com essa linda versão da Record com a capa imitando o diário dela e com trechos que eram proibidos a publicação por determinação do pai, me vi durante 3 dias mergulhada no triste mundo da menina dos 13 aos 15 anos.
Anne era uma garota comum, judia, com sonhos e anseios de uma menina de sua idade. Em 1942 quando começa o diário, o mundo era muito diferente de hoje, e na Holanda onde morava as tropas nazistas começavam a invadir, entre trechos comuns a adolescente se via com medo pelo futuro do que viria por causa da Segunda Guerra.
Não por acaso seu pai havia proibido os trechos que ela falava sobre sexualidade - nada demais, comuns para idade, mas naquela época um tabu - e também sobre sua mãe, com quem Anne definitivamente não se dava nada bem, por vezes eu diria que pelo que ela escreveu ela não tinha nenhum amor por ela. 
Talvez muito se desse por causa das comparações entre Anne e sua irmã mais velha, Margot, que todos achavam ser a perfeição em pessoa. Anne sempre foi mais " rebelde" e isso era mal visto, apenas seu pai , Otto, chamado por ela de Pim no diário parecia compreendê-la. 
Durante 2 anos Anne esteve em um esconderijo na parte de cima de um armazém, com seus familiares, mais a família Van Daan e depois um dentista, bem chatinho, de acordo com ela. 
Graças a um casal que os protegeu durante esse tempo, ele tivera, o que chamo de sobrevida, todos sabem -  e isso não é spoiler, certo? - que Anne não sobreviveu, aliás, de todos, apenas seu pai saiu vivo e veio a falecer somente em 1980.
O que impressiona, não são os relatos de Anne sobre suas mudanças de corpo e a visão que tem do que está se passando lá fora. Ela sabe pelo rádio que muitos estão sendo enviados para os campos de concentração e que eles tem sorte de estarem vivos. Os trechos onde mesmo diante do caos, a mãe da outra família, a sua mãe e o tal dentista se preocupam com coias totalmente fora do propósito, parecem insanas, como por exemplo, a implicância com ela por causa de uma mesa de estudos . Na crise , no meio da guerra, sério mesmo que eles estão preocupados com isso?
Os encantos de Peter, filho da outra família, aos olhos de Anne também fazem desse livro uma história que apesar de triste é bonita de ver o como meninas mudam diante de meninos, o rapaz sem graça, do nada vira encantador. Ok, nesse caso, a falta de escolha também influenciou muito.
Esse livro é daqueles que se pessoa nunca leu, precisa correr para livraria mais próxima. Não por acaso entra ano, sai ano, aparece na lista dos mais vendidos, e ele foi publicado pela primeira vez em 1947!

6 comentários:

  1. Nem acredito que ainda não li esse livro.

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  2. Claro que também tenho uma história com essa obra...mas é claro também, que minha memória(fraca), não ajuda muito!!!
    Li há muitos anos..mas a história da menina que sofre é apenas um ponto, para a menina que vive!!! E que vida!
    Tão criança, tão cheia de maturidade e sonhos desfeitos.
    É impossível não ler essa obra e a ter ali, na estante para lembrar que é preciso ler novamente!!!
    Essa nova roupagem ficou um show a parte!
    Beijo

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  3. Realmente, uma história que precisa ser lida mesmo.
    Já vi uma fanfic nesse mesmo estilo e amei.
    Amei a resenha.
    Bjos.

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  4. É daqueles livros para se ler antes de morrer kkkkk

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  5. Sempre quis ler, mas ainda não tive a oportunidade, quem sabe com o meu aniversário chegando eu não ganho de presente ^_^

    Beijos :)

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  6. Realmente esse livro é excelente, é daqueles livros que lemos e depois de algum tempo, lemos de novo e sempre tem alguma coisa nova, foi um dos primeiros livros que li a respeito da Guerra e por ser um Diário de alguém que viveu esse tempo e não sobreviveu torna a leitura mais emocionante! Também gostei dessa capa imitando o diario da Anne!

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