terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Menina que via Filmes : O Quarto de Jack [Crítica]

Título Original: Room
Título no Brasil: O Quarto de Jack
Lançamento 18 de fevereiro de 2016 (1h58min) 
Baseado no livro de Emma Donaghue
Dirigido por Lenny Abrahamson
Com Brie Larson, Jacob Tremblay, Joan Allen mais
Gênero Drama , Suspense

Nacionalidade Canadá , Irlanda







Você lê um livro, fica impressionada com a história, conhece a autora e vibra quando ela lhe diz que a história que criou virará filme. Tudo isso aconteceu em 2013, mas somente agora em 2016 o filme baseado no livro Quarto de Emma Donaghue chega aos cinemas. E é um prazer imenso fazer essa crítica, porque o filme era exatamente o que eu gostaria que ele fosse e mais um pouco.
Jack ( Jacob Tremblay, maravilhoso, por favor deem um Oscar, um Bafta e um Globo de Ouro para essa criança!) é um menino de 5 anos, de cabelos imensos, sonhador, que dá bom dia para todos os objetos que compõem o seu " quarto". Para o espectador fica claro ali que ele vive com a mãe em um lugar sem muitos recursos. Mas não fica óbvio o que de fato acontece com os dois.
Como já tinha lido o livro e sabia da história, optei por não contar nada a quem me acompanhou no cinema, e ninguém percebeu o que de verdade é " o quarto" até que o segredo fosse totalmente revelado. Não gostaria de estragar a mágica de quem não sabe nada da história, mas acho difícil não tocar em partes cruciais que fazem do filme um diferencial e das atuações do menino e sua mãe exemplos de como podemos ser fortes nas situações mais fora de nosso controle que aparecem.
Joy ( Brie Larson, indicada ao Oscar desse ano de melhor atriz) é a mãe , vemos que ela faz de tudo para ocupar a cabeça do filho com os poucos recursos que tem, pode ser uma televisão, as cascas dos ovos que usam, qualquer objeto ali naquele pequeno espaço pode ser aproveitado. No mundo de Jack as coisas são diferente, existe o quarto e o espaço que é fora da claraboia , o menino não imagina que há vida fora dali. Ele sabe que a mãe recebe todos os dias o Velho Nick, que ele recebe presentes nos domingos mas que não pode ter contato com ele.
Deu para ter ideia do que se passa?
Para quem vê o filme fica claro que o sonho da mãe é escapar, o de Jack é que ela faça suas vontades de criança, ele não sabe o que há lá fora, ele é rebelde quando a mãe tenta lhe contar a verdade. Gente, ele tem apenas 5 anos, e como trabalha esse garoto. O tempo todo ele leva o filme nas costas, não que a mãe não faça um papel intenso e belo ao mesmo tempo, mas é ele quem faz a diferença.
É ele que nos fará rir e chorar , é ele que faz com que o filme tenha um encanto onde só deveria ter tristeza. A inocência e  o jeito único do menino nos são dados de presente pelo diretor que nos insere no  mundo de Jack e no que ele virá a conhecer.

O trauma existe, está sempre ali . Mas ele se desvincula de um jeito que sua mãe adulta não consegue . Quando sofre, é porque quer a mãe , e na sua ingenuidade encantadora ele até pede para voltar ao quarto, onde tinha mais sua atenção.
Vale destacar a atuação concisa de Joan Allen como avó do menino, mas achei um desperdício escalar William H. Macy para avô e ele aparecer tão pouco.
É um filme para se ver, para se perguntar como pode mesmo isso existir no mundo que vivemos e para sair do cinema impressionado  no como um menino tão pequeno tem um talento tão grande.
Assistam. 

9 comentários:

  1. Oba! Obrigado pela dica Raffa já está na minha lista .
    Beijos.

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  2. Esse é um dos filmes que mais ando querendo ver desde as indicações ao Oscar. Até porque já vi O Regresso duas vezes...rs
    Todas críticas que li até o momento fazem isso, tiram o foco do tema..e se jogam literalmente na atuação do garoto. No quanto ele viveu esse quarto e toda sua realidade ali.
    Vou ver com certeza e me questionar também!!
    Beijo

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  3. Ai, Raffa! Tinha visto falar desse filme, mas como não li o livro ainda, acabei nem me interessando. Mas agora, depois dessa crítica empolgante e maravilhosa, vou correndo conferir, mesmo sem ler. Obrigada pelas dicas, sempre incríveis!
    Beijinhos!

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  4. Esse filme já está na minha lista um tempinho, tenho que ver logo!

    Beijos :)

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  5. Nem sabia que existia livro, espero conseguir assistir antes que saia de cartaz, parece ser uma otima historia!

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  6. Ai, Raffa. meu coração ficou na mão do começo ao fim! O tempo todo associava o livro ao filme, lembrava de como me senti há tantos anos quando o li e, olha, o filme só intensificou essas sensações. Aquela cena do reencontro deles é de fazer tremer qualquer um. Muito muito feliz por terem conseguido captar a essencia de um livro tao dificil, sutil, delicado e fazer um filme igualmente delicado, preciso, que nos conquista desde o primeiro momento. Agora é torcer pela Brie Larson (que amo desde o primeiro filme dela que vi), né?

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  7. Não vi o filme pelo simples motivo que aqui no interior só temos um cinema e aí estreia um filme por semana e eles optaram por passar Deadpool, infelizmente, então não vejo a hora da estreia do Quarto de Jack! Sou fã dessa historia, muito fã, eternamente fã, e achei a escolha do ator perfeita para o papel de Jack! Que resenha mais linda sobre esse filme mais lindo ainda, não vejo a hora de chorar no cinema! Bjão!

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  8. Amei a crítica Raffa... sempre choro quando vejo.
    E só pra ter certeza leio suas críticas pq gosto msm

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    1. Oi pri, fico feliz que tenha gostado. Que história, né <3! beijos e sempre bom te ver por aqui.

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