quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Menina que via Filmes: O Filho Eterno [Crítica]

Título Original: O Filho Eterno
Baseado na obra de Cristovão Tezza
Data de lançamento 1 de dezembro de 2016 (1h 22min)
Direção: Paulo Machline
Elenco: Marcos Veras, Débora Falabella, Uyara Torrente mais
Gênero Drama

Nacionalidade Brasil








Desde que vi o trailer de O Filho Eterno quis assistir ao filme, o tema me pareceu ainda mais interessante por ter alguém na família que tem a síndrome de down, não posso contudo me colocar de forma alguma no lugar da mãe ou de alguém muito próxima - mesmo a criança sendo minha afilhada- porque essa coisa chamada vida fez com que eu a visse muito pouco nos últimos dois anos.
Admito que talvez porque minha vida tenha tido altos e baixos e não porque a criança tem a síndrome, porque isso de nada interferiu o papel que me propus fazer, esse primeiro parágrafo no entanto é mais para mostrar que não estando na pele dos pais, não me sinto capaz de julgar ou entender atitudes, mas aplaudo quem as tem como é o "correto".
No filme em questão baseado no livro de Cristovão Tezza, ele um autor que escreveu por ter vivenciado essa história, já que seu filho tem down, o longa traz algumas diferenças que por não ter lido o livro não poderei comparar, então notem que essa crítica vai toda em cima do filme.
Roberto ( Marcos Veras) é um homem apaixonado por futebol e com uma esposa amorosa ( Débora Falabella), ela está grávida e o filho deles vai nascer em pleno jogo da Copa do Mundo, o pai aflito torce para o jogo e para criança. O susto logo vem, quando o médico avisa que a criança tem mongolismo, ou como chamamos comumente de síndrome de down. A mãe chora mas é a reação do pai que nos desperta um misto de " e se fosse comigo o que eu faria?". Quando pensamos em ter filhos claro que imaginamos crianças perfeitas, como então aceitar que nosso filho tem "defeitos"?  A cena em que ele suplica para o médico consertar ser filho é um misto do sentimento de pena como de algumas risadas ouvidas na sala, afinal, não há conserto!










Então começa a relação de um pai com filho conturbada, é visível o como ele sente vergonha do filho, e meio que culpa a mãe da criança pela síndrome, quer que ela assuma que não há como amar aquela criança sendo daquela forma.
No espectador ou pelo menos em mim, dá vontade de entrar na tela, de abraçar a criança que clama por atenção do pai e que na sua ingenuidade não entende quase nada das brigas do pais.
De uma forma tocante o diretor nos insere no mundo do casal que desmorona com o nascimento do filho imperfeito, não há mais amor entre eles, o pai arruma uma amante, a mãe trabalha mais e ama o filho demais.
Claro que ficamos com raiva do pai, lógico que entendemos que não o que entender de porque a vida nos coloca em situações que não desejamos, esse pai mesmo não tinha a menor estrutura para ter um filho " fora do comum".
A mim me incomoda as cenas, fico com pena da criança, raiva do pai e volto a ter pena da mãe, para depois me emocionar com o final. Não é para ser um filme fácil, mas ainda assim é lindo de se ver. 
Destaque para o menino na fase dos 7 anos, Pedro Vinicius trabalha muito bem na pele de Fabricio.



4 comentários:

  1. Eu admito que torci o nariz quando li o nome do Marcos Veras no elenco.rs
    Não gosto da figura de jeito nenhum. Acho que vê-lo no horrível programa da Fátima Bernardes meio que me traumatizou bastante.
    E como não acompanho novelas, não sei a forma como ele atua. Mas penso que se como humorista(na minha opinião) é péssimo, deva ser a mesma coisa como ator.
    Opinião à parte, o tema do filme é maravilhoso. Triste, atual e real. Quantas famílias passam por isso todos os dias. Uns amam demais, outros rejeitam demais.
    Claro que verei o filme assim que puder.
    Beijo

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  2. Eu também não saberia julgar sem saber qual seria minha reação se eu tivesse um filho com síndrome de down.
    O filme parece ser realmente maravilhoso.
    Amei sua crítica.
    Beijos.

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  3. Nossa Raffa!
    Estou querendo demais poder assistir esse filme porque o acho muito real e muitos pais não se sentem preparados para cuidar de uma criança fora dos padrões 'normais', deve ser maravilhoso"
    “O Natal não é um momento nem uma estação, senão um estado da mente. Valorize a vida.” (Desconhecido)
    Boas Festas!
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de DEZEMBRO ESPECIAL livros + BRINDES e 4 ganhadores, participem!

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  4. Não sei se conseguiria ver esse filme, não pela criança, mas pelo que você escreveu sobre o comportamento do pai com o filho.

    Beijos :)

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