segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Menina que via Filmes: Manchester à Beira-Mar [Crítica]

Título Original: Manchester by the Sea
Título no Brasil: Manchester à Beira-Mar
 Data de lançamento 19 de janeiro de 2017 (2h 18min)
Direção: Kenneth Lonergan
Elenco: Casey Affleck, Michelle Williams, Kyle Chandler mais
Gênero Drama
Nacionalidade EUA

#15 assistido
#16 criticado





 Lee Chandler ( Casey Affleck) é um homem morto por dentro, mas isso o espectador só terá certeza quando a trama chegar ao fim.  E não é um spoiler, mas sim uma constatação e um mérito para o ator conseguir fazer tão bem alguém tão cheio de raiva do mundo, com zero de pena dos outros  e por muitas vezes agressivo. 
Logo de início sabemos que ele trabalha como zelador em um condomínio, nos Estados Unidos quer dizer que ele não é porteiro, ele tem um pequeno quarto onde mora e passa os dias ouvindo reclamações dos moradores com problemas para encanadores.


Quando uma moradora lhe dá mole ele nota mas parece nem se importar. Alguns flashbacks mostram que ele costumava ir para sua terra - Manchester- e navegar com seu irmão e seu sobrinho Patrick ( Lucas Hedges quando adolescente). Quando ele recebe um telefonema avisando que seu irmão foi internado, ele sai correndo dirigindo até o hospital onde ele está mas ao chegar ele infelizmente já morreu.
CASEY AFFLECK E SEU GLOBO DE OURO PELO FILME
O que descobriremos em  mais flashbacks é que Lee era casado com Randi ( a fantástica atriz Michelle Williams) e que os os dois tiverem 3 filhos.  Um acidente vai mudar a vida dos dois para sempre, fazendo com que Lee se transforme em outra pessoa, a amargurada que nunca se perdoou pelo que aconteceu. Ao mesmo tempo também entendemos porque seu irmão Joe ( Kyle Chandler) deixou em testamento que ele ficasse com seu único filho, Patrick. A mãe do menino era uma alcóolatra que ninguém sabe onde está, os pais deles já faleceram, e Patrick adora o tio, mas ele apesar de gostar do menino ainda se odeia tanto que só emana raiva e rancor para todos os lados, se negando a assumir o sobrinho e ser seu tutor.
 Não é de forma alguma um filme leve, o ar dos diálogos é marcado pelo trauma, em apenas 3 ou um pouco mais de cenas que apareça, Michelle Williams nos emociona com sua dor, mas também reconhecemos que o papel de Casey é difícilimo. Ele não tem emoção, seu corpo é pura raiva. Raiva essa que faz com que ele arrume brigas sem sentido e que beba mais do que deve.
O irmão que já sabia que ia falecer por causa de uma doença já existente, ainda tenta reconstruir  a vida de Casey, mas ele só mergulha em seu mundo que é pura tristeza. Imaginem como fica a vida de Patrick que será criado com esse tio? O menino - por sinal o ator também está excelente- tem uma vida boa na cidade, tem 2 namoradas,está bem na escola e adora a casa que cresceu, mas seu tio parece querer fazer todos infelizes como ele. 
Lee não é um personagem para se encantar, seja talvez alguém para entedermos sua dor e aceitarmos que cada um age de uma forma. 
 Casey ganhou o Globo de Ouro por sua atuação, na categoria Drama. Bem ganho, ele é dor pura. O filme é ótimo, mas ao mesmo tempo triste e pesado.

8 comentários:

  1. Parece ser um filme bem interessante e bem aproveitável.
    Amei a crítica
    beijos.

    ResponderExcluir
  2. Fazer o papel de um personagem sofrido, cheio de rancor e tristeza não dever ser, de forma alguma, fácil. Adoraria ver este filme. Mesmo tendo essa aura pesada, sei que vou gostar.
    Adorei a dica de hoje!
    Bjs, Raffa!

    ResponderExcluir
  3. Vou ver para entender melhor sobre o personagem, fiquei interessada.

    Beijos :)

    ResponderExcluir
  4. Poucos atores conseguem isso, entrar tanto no personagem que fica complicado compreender a história e até aceitar as atitudes do tal.
    Já havia lido alguma coisa a respeito do filme, mas bem vago. Agora assim, fica difícil não querer e muito ver o filme.
    E farei, assim que puder!
    Beijo

    ResponderExcluir
  5. E a primeira vez que vejo falarem desse filme, e me surpreendi bastante com essa história cheia de dramas, imagino que seja bem emocionante, e por isso quero muito assistir já até anotei.

    ResponderExcluir
  6. Vi ainda há pouco que o filme foi indicado para o Oscar. E claro que, depois de ver sua crítica super positiva e saber que ele está entre os melhores do ano, logo assistirei.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  7. Raffa!
    Gosto de filmes que exploram o lado psicológico da dor. Deve ser maravilho ver como tudo poderá mudar na vida do protagonista, depois da morte do irmão...
    Vale a pena assistir.
    “O que sabemos, saber que o sabemos. Aquilo que não sabemos, saber que não o sabemos: eis o verdadeiro saber.” (Confúcio)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de JANEIRO dos nacionais, livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!

    ResponderExcluir
  8. Ah eu adoro um bom drama (quase tabtô qto eu gostô d terror)... Bem construído então. Q personagem pesado esse Lee... Deve ter sido uma interpretação beleza intensa. E pobre Patrick... me comovo logo com a criança/jovem dos filmês kkk

    ResponderExcluir

Sua opinião é muito importante para mim! Me diga o que achou dessa postagem e se quiser que eu visite seu blog, informe o abaixo de sua assinatura ;)