sábado, 26 de maio de 2018

Menina que via Filmes: A Amante [Crítica]

Título Original: Inhebbek Hed
Título no Brasil: A Amante
Data de lançamento 31 de maio de 2018 (1h 33min)
Direção: Mohamed Ben Attia
Elenco: Majd Mastoura, Rym Ben Messaoud, Sabah Bouzouita mais
Gêneros Drama, Romance
Nacionalidades Tunísia, Bélgica, França

por Reinaldo Barros


Heidi é um jovem adulto com uma vida medíocre, pessoal e profissionalmente, assim como muitos daqueles que apenas seguiram o caminho que lhes foi apontado, sem nunca ter decidido ou realizado algo. Quando menciono medíocre não é no tom de desprezo, que geralmente é associado, mas sim a conotação de mediano, de comum e é exatamente assim a vida desse protagonista, uma vida comum.
Talvez você possa se perguntar que graça teria em assistir um filme a respeito de um cidadão comum. A graça está na reflexão trazida a respeito das relações humanas, mais precisamente nas relações familiares e pessoais. Nesse drama temos Heidi (Majd Mastoura), um jovem de 25 anos, funcionário de uma concessionária, morando com uma mãe controladora, que escolheu a própria nora. Apático ele não contesta nada, mesmo não estando feliz com a situação em que se encontra, simplesmente vive um dia após o outro, no trabalho e em casa. Contudo, algumas mudanças surgem após ser enviado a trabalho para uma outra cidade. E como não sou de estragar surpresas vou deixar você descobrir quais são.

Voltando a tal da graça, esse é um filme que vale a pena ser assistido para aprendermos um pouco mais de uma realidade peculiar, de um país dividido entre tradição e modernidade. O filme se passa na Tunísia democrática, com espaço para famílias imensas, ligadas pelo casamento de seus membros e também para mulheres livres, que não se casaram e trabalham naquilo que decidiram. Apesar de ser comum no mundo árabe, o drama de Heidi pode se repetir tanto no ocidente quanto no oriente, seja tradicional ou moderno. Por isso é importante assistir despido de qualquer preconceito ou moralismo e buscar entender essa árdua realidade de quem sempre foi impedido de caminhar com as próprias pernas.



Nossa colunista Cecilia Mouta também assistiu e teve outra opinião do longa.

por Cecilia Mouta


A Amante conta a história de Hedi, um jovem turco que está de casamento marcado.  No início do filme acompanhamos sua rotina, seu trabalho como revendedor de carros da Renault e sua convivência com uma mãe autoritária que o sufoca. Mas ao contrário do que se espera de um noivo, Hedi não está feliz com o casamento. Numa viagem a trabalho para outra cidade, Hedi conhece Rym. Os dois se aproximam e se apaixonam. É perceptível a diferença no olhar de Hedi quando está com Rym e quando está em casa com a mãe e nos preparativos do casamento. Com Rym, Hedi descobre a liberdade. Não só a liberdade de agir, mas também como a liberdade de ser quem é. Mas Rym é dançarina de hotéis e, por isso, não possui um local fixo para trabalhar, vive viajando pelos países. Em breve, terá que ir para outro país e se Hedi quiser ficar com ela, terá que abrir mão de toda a sua vida.


A direção e a montagem do filme são o ponto alto, mas faltou fôlego no roteiro. Enquanto os movimentos de câmera e os ângulos enriquecem a história contada, o conflito não se fortalece ao longo da narrativa. Os momentos de tensão possuem pouca eficácia e os personagens se tornam rasos.
A Amante é um filme que evidencia bem a cultura turca e mostra o contraste entre os personagens mais tradicionais e os mais contemporâneos, o que é um ponto positivo e legal. Mas a narrativa não tem força para um clímax expressivo, tornando os conflitos mornos e a resolução fraca. 


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* A opinião do filme ou das resenhas pertence ao colaborador que se compromete a enviar uma crítica de sua autoria para ser publicada no blog e divulgada nas demais redes sociais.


*Cabine de imprensa à convite da distribuidora.

3 comentários:

  1. Já fiquei meio apreensiva com o título do filme.rs Acho que estou aprendendo a não gostar disso de traições e afins(culpa da Raffa)
    Mas gostei por trazer costumes de outra cultura e isso eu gosto muito de ver e aprender.
    Não digo que não verei...mas também não vou afirmar que verei.
    Beijo

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  2. Legal o filme trazer um personagem tão normal rs mas com essas críticas tão diferentes, vou pensar bem se assisto kkk

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  3. Olá!
    Nunca tinha ouvido flar do filme, não tenho costume de ver filmes com o tema, mas parece ser interessante, vou anotar na lista.
    Bjs!

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