terça-feira, 7 de agosto de 2018

Menina que via Filmes: Tesnota [Crítica]

Título Original: Tesnota
Título no Brasil:Tesnota
Data de lançamento 9 de agosto de 2018 (1h 58min)
Direção: Kantemir Balagov
Elenco: Darya Zhovner, Veniamin Kats, Olga Dragunova mais
Gênero Drama
Nacionalidade Rússia







por Bianca Silveira



Tesnota se passa em 1998 na Rússia, mais especificamente em Nalchik, cidade no sul da Rússia. A jovem Ila trabalha na oficina de seu pai e mesmo vivendo em uma pequena comunidade judaica patriarcal a jovem experimenta uma falsa liberdade de poder trabalhar, ainda mais em uma oficina mecânica que é considerado trabalho de homem. Entretanto tudo muda após o sequestro de seu irmão logo após a comemoração do noivado. Seu irmão e sua noiva são sequestrados e os bandidos exigem um valor exorbitante para o resgate. Sem ter como pagar as famílias pedem ajuda para a comunidade judaica e esses decidem contribuir, mas o dinheiro arrecadado só é possível pagar pelo resgate de um dos dois e a escolhida é a noiva. A família de Ilana resolve vender sua filha e 
forçá-la a casar com alguém que ela não gosta apenas para conseguir o dinheiro do resgate.


É após o sequestro que começamos a ver o quanto a protagonista sofre com o machismo da época e começamos a ver os conflitos familiares e as diferenças culturais e o desespero de Ilana para viver a vida do seu jeito sem a interferência da sociedade e de seus pais. Antes do sequestro de seu irmão ela já namorava com um rapaz que não é judeu e até então sua família não se importava, porém após o sequestro a família vê em Ila a única forma de conseguir o dinheiro do resgate do filho sequestrado. A jovem se sente preterida em relação ao irmão, já que seus pais colocam sua felicidade e liberdade em segundo plano. 
O filme nos apresenta algo que parece totalmente ficcional, quem me dera que se tratasse de uma ficção. O que é retratado aqui pode parecer distante para muitas de nós mulheres ocidentais, no entanto em diversas regiões do planeta milhares de mulheres são oprimidas e tratadas como mero objeto, que como função principal é satisfazer os homens. Tesnota pode não ter o melhor dos roteiros e em alguns momentos até nos faz esquecer da trama principal, o sequestro. Contudo, a atuação brilhante de Darya Zhovner não nos deixa esquecer do quanto temos que lutar diariamente para sobreviver numa sociedade machista e patriarcal.

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* A opinião do filme ou das resenhas pertence ao colaborador que se compromete a enviar uma crítica de sua autoria para ser publicada no blog e divulgada nas demais redes sociais.


*Cabine de imprensa à convite da distribuidora.

5 comentários:

  1. Adoro filmes com temas fortes e este parece ter o enredo perfeito que não só retrata o machismo da época, mas também a força da mulher em se colocar suas vontades e desejos.
    E é uma pena que não seja realmente ficção, que esta submissão, esta imposição aconteça demais em outras culturas e isso está longe do fim :/
    Se puder, com certeza quero muito conferir o longa sim!!!
    Beijo

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  2. Nossa preciso ver esse filme, gostei do tema abordado, a personagem me cativou já, ansiosa pra conhecer!
    Bjs!

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  3. Bianca!
    Acho que nunca assisti nenhum filme Russo.
    Achei toda trama bem construída e fiquei bem interessada em assistir.
    Desejo uma ótima semana!
    “.A vida merece algo além do aumento da sua velocidade.” (Mahatma Gandhi)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA AGOSTO - 5 GANHADORES - BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  4. Revoltada com a família querendo vender a mulher para libertar o irmão... Mas, curiosa para saber como tudo isso termina rs

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