segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Menina que via Filmes: Skate Kitchen [Crítica] [Festival do Rio 2018]

Título Original: Skate Kitchen
Título no Brasil: Skate Kitchen
Data de lançamento em breve (1h 47min)
Direção: Crystal Moselle
Elenco: Rachelle Vinberg, Taylor Gray, Tashiana Washington mais
Gênero Drama

Nacionalidade EUA











por Cecilia Mouta

Skate Kitchen é um filme de Crystal Moselle e está em cartaz no Festival do Rio. Conta a história de Camille (Rachelle Vinberg), uma menina solitária que vive com a mãe e é completamente apaixonada por skate. Através de uma rede social, ela decide encontrar-se com um grupo de meninas que também anda de skate em uma cidade vizinha. Ao chegar lá, Camille começa a vivenciar experiências que não faziam parte do seu mundo. 

Sua mãe, no entanto, não gosta que ela ande de skate e para poder continuar vivenciando essa sensação de pertencimento e liberdade, Camille terá que fazer escolhas difíceis. 
O filme é uma verdadeira experiência que aproxima bastante o espectador do mundo do skate. Os longos takes de manobras, corridas pela cidade, a câmera sempre em movimento traz uma dinâmica incrível para a história. 
A fotografia é de tirar o fôlego. Com um aspecto bem naturalista, utilizando-se bastante de luz natural, Crystal e o diretor de fotografia souberam captar o melhor de Nova York e seu lado natural e radical. 

As atuações me impressionaram, principalmente pelo fato de as atrizes skatistas não serem atrizes de verdade e sim skatistas. O Skate Kitchen existe de verdade em Nova York e as atrizes do filme fazem parte do grupo. Os únicos rostos conhecidos do elenco são Elizabeth Rodriguez, de Orange is The New Black, que faz a mãe de Camille, e Jaden Smith, filho do Will Smith, que faz o interesse amoroso da protagonista. O Jaden, no entanto, fez um personagem sem sal e não sei se foi por falha dele como ator ou se o personagem era para ser apagado do jeito que foi. 
Apesar das belas imagens, Skate Kitchen peca um pouco pela duração, 106 minutos, que para os conflitos que tinha acabou se tornando um filme longo, um pouco cansativo. Outra coisa que me incomodou foi o modo rápido como os conflitos foram apresentados e resolvidos. Particularmente, gosto de histórias que trabalham mais os conflitos, se aprofundam neles. Mas nenhuma dessas falhas compromete a qualidade da história.
Crystal conseguiu trazer uma narrativa diferente, contando uma história só de mulheres que amam praticar um esporte que é bem masculinizado. Nesse mundo, ela mostra a diversidade de personalidades e preferências que existe no meio sem se utilizar de nenhum estereótipo. É um filme rico em muitos aspectos, que fala de liberdade, escolha e descobertas,  vale a pena ser assistido

2 comentários:

  1. Olá!
    Poxa como eu não sabia desse filme ainda?
    Exatamente por abordar esses assuntos de escolhas e descobertas que os personagens desenvolve que me prendeu atenção, qro ver com toda ctz!
    Bjs!

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  2. Olha, está aí um gênero que a gente não vê muito. Nem sei se é gênero que se diz, mas o lance de skatistas. Muitas vezes, marginalizados pela sociedade. Tipo falou em skate, falou em marginal ou desocupado.
    E é preciso quebrar estes tabus tolos.
    E pelo que li acima, o longa ainda traz mais uma inovação, meninas!E isso é genial!
    Com certeza, se tiver oportunidade, quero sim, conferir!!!
    Beijo

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