quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Menina que via Filmes: Colette [Crítica]

Título Original: Colette
Título no Brasil: Colette
Data de lançamento 13 de dezembro de 2018 (1h 52min)
Direção: Wash Westmoreland
Elenco: Keira Knightley, Dominic West, Eleanor Tomlinson mais
Gêneros Drama, Biografia

Nacionalidades EUA, Reino Unido
#238






por Cecilia Mouta

Podemos dizer que Keira Knightley é praticamente uma especialista em filmes de época. Trazendo no currículo Orgulho e Preconceito, Um método perigoso e Anna Karenina, nessa produção dirigida por Wash Westmoreland, Keira mostra mais uma vez porque esses papéis são recorrentes na sua carreira. Não é só o figurino que lhe cai bem, mas a naturalidade e a intensidade que Keira consegue passar para suas personagens é encantador.

No longa Colette nos deparamos com a história de Gabrielle Sidonie Colette, uma mulher nascida e criada na natureza no interior da França. Com tudo arranjado pelos seus pais, Gabrielle se casa com Willy (Dominic West), um homem aparentemente encantador, e muda-se para Paris. Willy é um escritor razoavelmente conhecido na cidade, mas o que a população não sabe é que ele vive de escritores fantasmas. Sempre mal adminstrador do dinheiro que ganha, Willy se vê sem seus funcionários e incapaz de escrever. É quando o talento de Gabrielle entra na história, quando ela escreve um livro para que ele publicasse em seu nome. Nesse momento Gabrielle deixa de ser Gabrielle e se torna Colette. 
O livro vira um sucesso e a relação entre o casal começa a ganhar tensão. Colette não quer ser mais ser só uma esposa, quer ter liberdade e autonomia. Também descobre-se homossexual. Já Willy começa a mostrar-se um cara machista, controlador e seu perfil mulherengo nunca o abandonou. 

A história de Colettte fascina o espectador, pois mostra o surgimento de uma mulher forte, muito a frente do seu tempo, que não aceitava se sentir menor por ser mulher. Já a direção de Wash Westmoreland parece uma pausa no café parisiense. Muitas vezes minimalista, com um ritmo lento, priorizando muito os olhares e o andar da personagem principal, o filme não tem pressa de contar a história. Mas se engana quem acha que isso torna a narrativa cansativa, pois o clima parisiense presente em todo o filme nos transporta para Paris do final do século XX com muita graciosidade.
Colette é uma narrativa tão atual que assusta saber que se passa em 1900. Um filme que fala sobre machisto, o preconceito aos homossexuais e o poder de uma mulher. A vida de uma das maiores escritoras da França não poderia deixar de ter seu registro nas telas do cinema, e Colette está muito bem representada por Keira Knightley. Com certeza é um filme que vale a pena ser visto.


* Nossos colunistas são voluntários e não recebem qualquer quantia do blog.
* A opinião do filme ou das resenhas pertence ao colaborador que se compromete a enviar uma crítica de sua autoria para ser publicada no blog e divulgada nas demais redes sociais.

*Cabine de imprensa à convite da distribuidora


Confiram a crítica da Raffa Fustagno em vídeo

2 comentários:

  1. Estava olhando a sinopse deste filme ontem e pensei igualzinho: Keira nasceu para interpretar mulheres de época. Toda delicada e ao mesmo tempo, tão forte!
    E estou maluca para ver este filme! Trazer assim, não somente uma luta, mas várias lutas dentro do mesmo enredo é algo fascinante!
    Verei com toda a certeza!
    Beijo

    ResponderExcluir
  2. Vi o trailer desse filme esses dias e fiquei bem interessada, adorei a resenha :)

    ResponderExcluir

Sua opinião é muito importante para mim! Me diga o que achou dessa postagem e se quiser que eu visite seu blog, informe o abaixo de sua assinatura ;)