domingo, 2 de dezembro de 2018

Menina que via Filmes: Tinta Bruta [Crítica]

Título Original: Tinta Bruta
Data de lançamento 6 de dezembro de 2018 (1h 58min)
Direção: Filipe Matzembacher, Marcio Reolon
Elenco: Shico Menegat, Bruno Fernandes (II), Guega Pacheco mais
Gênero Drama

Nacionalidade Brasil










por Cecilia Mouta


Tinta Bruta é um filme roteirizado e dirigido por Filipe Matzembacher e Márcio Reolon. O longa esteve no circuito do Festival do Rio desse ano e ganhou o prêmio na categoria de melhor roteiro.
A história nos apresenta Pedro (Shico Menegat), um jovem apático que acaba de sair da cadeia e se vê completamente sozinho. Órfão, vai para a casa da sua irmã que está indo embora para trabalhar na Bahia. Para se sustentar, Pedro faz danças pela webcan com tinta neon. E ele leva o trabalho bem a sério, até descobrir que tem alguém copiando o que ele faz. 

Disposto a proteger, digamos, seus direitos autorais - já que foi ele quem inventou essa questão da tinta -, Pedro vai atrás do rapaz que o imita. Mas de um rapaz apático, que não tem planos e parece não ter desejos, Pedro não contava em se apaixonar por Leo (Bruno Fernandes). E quando os dois se unem e começam a fazer vídeos em dupla, o sucesso aumenta, junto com o dinheiro. Mas relacionamento é sempre uma questão muito delicada e os problemas começam a surgir.
O roteiro tem uma estrutura muito bem definida, ao longo da narrativa nós vamos tendo a compreensão do que aconteceu com Pedro para ele ter sido preso. A forma como os dois roteiristas escolheram para contar a história, para mim, foi um dos pontos altos do roteiro. Os personagens são bem desenvolvidos e a atuação de Shico Menegat está muito boa. A direção, em alguns momentos, se mostra muito boa e madura, mas em outros não mostra a que veio, com alguns takes desnecessários e longos como várias pessoas na janela, paisagem da cidade.

Mas o maior problema do filme, na verdade, se encontra na edição. Achei o filme longo, principalmente porque Pedro é um personagem apático, então isso dificulta mesmo a empatia do espectador. Se o filme tivesse tido mais alguns cortes, a história ficaria mais dinâmica. Senti falta do dinamismo. No final, já estava um pouco cansativa. Apesar de a última cena ser muito boa!
Ainda sim, para quem gosta de um bom drama, com bastante representatividade, Tinta Bruta é filme nacional que merece ser visto. 

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*Cabine de imprensa à convite da distribuidora

3 comentários:

  1. Adorei o título do filme e como não tinha lido ou visto nada sobre ele, até que gostei do que li acima. Ainda mais por ser nacional, que sempre dou aquela torcida de nariz..rs
    Fiquei só apreensiva pelo se arrastar do enredo,mas mesmo assim, senti vontade ver!!
    Beijo

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  2. Cecília!
    Apesar do plot interessante, parece que é um filme um tanto monótono, né?
    Desejo uma ótima semana!
    “A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.” (Desconhecido)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DEZEMBRO - 7 GANHADORES – BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  3. Muito importante o Brasil estar com filmes que trás a representatividade LGBT!! Gostei do cartaz

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