quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Menina que via Filmes: A Vida em Si [Crítica]

Título Original: Life Itself
Título no Brasil: A vida em si
Data de lançamento 6 de dezembro de 2018 (1h 58min)
Direção: Dan Fogelman
Elenco: Oscar Isaac, Olivia Wilde, Annette Bening mais
Gêneros Drama, Romance

Nacionalidade EUA














por Cecilia Mouta

Escrito e dirigido por Dan Fogelman, o criador de This Is Us, A Vida em Si traz vários elementos do melodrama tão conhecido da TV para as telas do cinema. O longa metragem conta a história de três gerações de uma família e sua trajetória, usando bastante do drama e da emoção, como a série de TV, e é dividida em capítulos. 
O primeiro capítulo é de Will (Oscar Isaac) e Abby (Olivia Wild). O filme começa com Will em estado depressivo, sozinho, e ao longo da sua jornada vemos como ele conheceu Abby e onde ela se encontra naquele momento da trama. É uma parte da trama recheada de flashbacks que peca pelo excesso. Já nessa parte da história nós vemos uma ligação do filme com a literatura, pois Abby fez faculdade de letras e em várias cenas ela desenvolve argumentos sobre o narrador de uma história. Um detalhe importante, o filme tem um narrador, até então, desconhecido. Fogelman diversas vezes brinca com a questão da metalinguagem.

A partir daí, a história vai se desmembrando, como galhos de árvores, em diversos outros personagens e seus backgrounds para mostrar como é a vida em si, suas tristezas, suas coincidências, seus encontros e desencontros. 
Mas enquanto This Is Us é uma série super redonda, com poucas falhas, bom ritmo, bons atores e a dose certa de emoção, Fogelman falhou em diversos momentos no longa. Talvez esteja acostumado demais com a TV. A história, diversas vezes, pega o caminho mais fácil para suscitar emoções no espectador, sendo que esse caminho poderia não ser o melhor para a trama. É cinema e não TV. Muitos diálogos longos e desnecessários, alguns deles era óbvio que o objetivo de Fogelman era apenas causar emoção com frases bonitas. O filme também pecou pela sua repetição, de ideias, de cenas. Depois que Abby apresenta o tema da sua monografia para Will, ele se perpetua inúmeras vezes na fala do narrador. A história acabou ficando cansativa. Além de longa, a edição poderia ter feito alguns cortes para enxugar a história. 

A verdade é que A Vida em Si parece uma versão econômica de This Is Us. E justamente por isso peca pelo excesso. Não há como negar que conta uma história bonita, com reflexões que levamos para fora do cinema, mas poderia ser um filme muito mais emocionante se fosse mais preciso, mais filme e menos novela. Sem dúvida é um bom filme para ver num dia introspectivo, para chorar um pouquinho debaixo de uma coberta, mas está longe de ser qualquer coisa além disso.



* Nossos colunistas são voluntários e não recebem qualquer quantia do blog.
* A opinião do filme ou das resenhas pertence ao colaborador que se compromete a enviar uma crítica de sua autoria para ser publicada no blog e divulgada nas demais redes sociais.

*Cabine de imprensa à convite da distribuidora


A Vida em Si foi visto por mim ( Raffa) no Festival do Rio, já tinha postado  a crítica no Canal, confiram abaixo:

3 comentários:

  1. Parece ser um bom filme pelas críticas acima, mas muito dramático pro meu gosto. Tenso!

    ResponderExcluir
  2. This Is Us está na minha lista de séries favoritas, apesar de estar achando a terceira temporada um tédio sem fim!rs
    Sei lá, penso que muita coisa poderia não ter sido feita e até ter parado na primeira temporada, colocando um desfecho e só.
    Mas sei lá..a vida não termina né?rs
    Por isso, quando vi a crítica deste filme,adorei o que ouvi e vi,pois é vida, é realidade..e nem sempre é possível encerrar os ciclos como a gente quer!
    Espero ver sim!
    Beijo

    ResponderExcluir
  3. Parece interessante e tenho muita vontade de assistir This Is Us

    ResponderExcluir

Sua opinião é muito importante para mim! Me diga o que achou dessa postagem e se quiser que eu visite seu blog, informe o abaixo de sua assinatura ;)