quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Autor de Uma Mulher na Janela foi pego na mentira....

Lembram do autor AJ Finn que esteve na Bienal de SP do ano passado? Então, de acordo com matéria do Estado de SP e uma reportagem que sai na próxima edição da New Yorker, dia 11, e já está disponível no site da revista com o título A Suspense Novelist’s Trail of Deceptions, faz uma grande investigação sobre o ex-editor e escritor best-seller Dan Mallory e o apresenta como mentiroso compulsivo e manipulador. Assinando como A. J. Finn, Dan Mallory é autor do thriller A Mulher na Janela, best-seller nos cerca de 40 países em que foi publicado, e cuja adaptação chega aos cinemas em outubro.


Ian Parker resgata histórias contadas pelos escritor ao longo do último ano em eventos literários do qual participou - ele veio até para a Bienal do Livro de São Paulo em 2018 - e, por meio de mais de uma dezena de entrevistas, desmente que ele teve câncer no cérebro, foi operado, teve complicações e se curou; que ele fez dois doutorados; que seu irmão se matou; que seus pais já morreram e por aí vai. O repórter conversou também com colegas de trabalho de Dan Mallory, de editoras em Londres e Nova York, e conta, detalhadamente, artimanhas do escritor para conseguir emprego e promoção.
Também em detalhes, reproduz declarações de professores e diretores de renomadas instituições sobre cartas enviadas por Dan Mallory para conseguir uma vaga (em que falava sobre as dificuldades que enfrentava naquele momento, como doença na família e seu próprio tumor).

Dan Mallory não quis falar com a New Yorker, mas mandou, por meio de sua assessoria de imprensa, um comunicado em que ele comenta como o câncer de sua mãe, durante dua adolescência, foi "uma experiência formadora" e tentou justificar seus atos com o diagnóstico de bipolaridade, recebido um pouco antes de escrever A Mulher Na Janela e depois de anos de batalha contra uma depressão.

“Ao longo dos dois últimos anos, eu falei abertamente sobre doença mental: a experiência definidora da minha vida, particularemnte entre o fim dos meus 20 anos até a metade dos 30, e tema centra do meu livro. Durante esse tempo sombrio, como muitas outras pessoas afetadas por bipolaridade severa, eu tive depressões profundas, pensamentos delirantes, obsessões mórbidas e problemas de memória. Tem sido horrível, porque na minha angústia eu fiz ou disse coisas que normalmente eu não digo, ou faço ou acredito - coisas das quais, na maior parte das vezes, não tenho a menor lembrança."

Quando ele fingia estar com câncer, segundo a matéria, ele mandava e-mails para colegas e ex-colegas de trabalho como se fosse seu irmão - um irmão que depois ele diria estar morto para uma amiga - para dar notícias da operação, das complicações, etc. No comunicado, disse ainda: "Isso aconteceu inúmeras vezes no passado quando eu disse, sugeri ou deixei os outros acreditarem que eu tinha uma doença física - câncer, especificamente. Minha mãe lutou contra um câncer agressivo de mama que começou quando eu era adolescente e essa foi uma experiência formadora e sinônimo de dor e pânico."

*Conteúdo do Estado de SP clique aqui para ver completo

5 comentários:

  1. Eu estou chocada, fui na sessão de autógrafos que teve na Bienal, ele foi super gentil e atencioso, que ele se trate de qualquer problema psicológico que tenha...

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  2. Meu Deus. Que ele arrume ajuda logo.

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  3. Nossa! Que ele consiga se tratar e melhorar.

    Beijos ^_^

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  4. Credo!!!
    E sabe o que é mais triste nisso tudo? Não adianta condenar, pois isso é uma doença e como tal, precisa é ser tratada!!!
    Lamentável.
    Beijo

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