quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Menina que via filmes: Raiva [Crítica]

Título Original: Raiva 
Data de lançamento 7 de março de 2019 (1h 24min)
Direção: Sérgio Tréfaut
Elenco: Hugo Bentes, Diogo Doria, Leonor Silveira mais
Gênero Drama
Nacionalidades Portugal, Brasil, França

por Cecilia Mouta 
Sinopse: Nos remotos campos do Baixo Alentejo, no sul de Portugal, a miséria e a fome assolam a população. Quando dois violentos assassinatos acontecem em uma só noite, um mistério toma o lugar: qual poderia ser a origem desses crimes?

“Nas terras secas, os pobres morrem pobres, os ricos morrem ricos.” Essa frase, entoada pelo narrador, dá um panorama do que se trata a história. Palma e sua família moram num casebre no interior do Portugal. Num lugar sem emprego, Palma tem que dar seu jeito para conseguir colocar sustento dentro de casa. 
A estética de Tréfaut, em preto e branco evidencia o clima seco presente na história, o sofrimento dos personagens. A câmera mais parada também comunica a falta de vida presente na narrativa. 
Com uma estrutura diferente do tradicional, em que o final vem antes do resto da história, acompanhamos a cena inicial, até então deslocada, ir construindo seu sentido ao longo da narrativa. Porém, a história não deixa de ser um pouco arrastada e lenta. Os personagens parecem apáticos a tudo e todos a sua volta, cada um imerso em seu próprio drama e, com isso, a história perde a conexão com o espectador. E quando este descobre como se configura o final, a história parece perder a importância.
Com uma câmera distante, personagens apáticos em seus sofrimentos e uma narrativa lenta, Raiva falha em comunicar o sofrimento dos seus personagens com o espectador. Uma história com grande potencial dramático, mas que não consegue construir-se de maneira relevante. 

*Cabine à convite da distribuidora
*Nossos colunistas são voluntários, seus textos são de sua autoria. 

Um comentário:

  1. Gosto muito de tudo que é diferente, por isso, o filme já me chamou a atenção.
    Ando gostando e muito desta gama de filmes que tem sido lançados em preto e branco. Sei lá, adoro o ar nostálgico que filmes assim tem.
    Pena que não houve um aprofundamento na raiva dos personagens, mas mesmo assim, quero muito se tiver oportunidade, conhecer a história!
    Beijo

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