sábado, 16 de março de 2019

[Resenha] Rumo ao Sul @faroeditorial



Título Original: Honest Man
Título no Brasil:  Rumo ao Sul
Autor: Silas House
Editora: Faro Editorial
Tradução:Elvira Serapicos
Nº de págs: 267
#09

Tinha lido algumas resenhas positivas quando o livro foi lançado pela TAG ano passado, agora, chegando às livrarias pela faro Editorial pude conferir o porquê essa obra tem sim um diferencial.
O li para ajudar meu medo de avião, assim como o título diz estava indo para Foz do Iguaçu no Sul do Brasil, coloquei ele dentro da bolsa e lá fomos eu, eu e ele passarmos Carnaval. 
Li rapidamente, acho difícil você não se encantar com essa história, que claro me lembrou um pouco a história de Boy Erased porque envolve aceitação e fanatismo religioso. Mas nem de longe é cópia ou mais do mesmo, na verdade é uma história necessária para percebemos nosso preconceito ou das pessoas ao nosso redor. 
Nele conheceremos Asher é um pastor, sua vida é voltada para os fiéis e para Congregação, extremamente devotado ele em determinado momento passa a ser perguntar se de fato fez as escolhas certas e essa dúvida fica mais acentuada quando um desastre acontece na cidade em que mora. Uma enchente, de proporções imensas que faz com que sua casa, umas das poucas não atingidas pela enchente, vire uma dos locais de abrigo da população. 

No meio disso tudo, o filho de apenas 8 anos dele, Justin, vai sair da casa procurando seu cão, esse fato fará com o que o menino veja um salvamento de uma pessoa que está sendo levada pela enchente, sem querer dar spoiler e mais detalhes basta dizer que o pai do menino levará as pessoas para se protegerem em sua casa. 
O casal é homossexual, o que a Igreja dele não aceita - vou usar essa palavra, mas o que quero dizer é que são preconceituosos e acham que estão acima do bem e do mal julgando os outros e a quem devem ou não amar - e isso faz com a esposa dele não os queria lá e o pastor se lembra de algo parecido no passado  mas é levado pelo fanatismo religioso de achar que aquelas pessoas são pecadoras. 

Pela primeira vez em muito tempo, Asher percebe que não é seu trabalho julgar, é seu trabalho oferecer bondade, abrigo, tolerância. Estas são qualidades que ele não ofereceu a seu próprio irmão mais velho, Luke, quando admitiu sua homossexualidade - Asher virou as costas para seu irmão e Luke saiu da cidade, para nunca mais voltar, embora tenha enviado alguns cartões enigmáticos ao longo dos anos. Desta vez, Asher está determinado a não cometer os mesmos erros, deixando ódio em seu coração.
Depois de entregar um sermão emocional pregando a tolerância, a congregação de Asher vota para removê-lo de seu trabalho. Lydia pede divórcio, assim como a custódia total do filho, Justin. Embora sua fé de que tomou a decisão correta seja mais forte do que nunca, ele não pode encarar a idéia de ver seu filho apenas em fins de semana e férias ocasionais, mas não está disposto a dizer que estava errado em pedir tolerância e aceitação de todas as pessoas.
Sem ter para onde ir, Asher leva Justin tarde da noite e os dois fogem para Key West, de onde os postais de Luke foram enviados. Asher espera se reunir com seu irmão depois de todos esses anos e, talvez, encontrar a paz ao mesmo tempo. Mas uma viagem feita com medo de ser capturada é exaustiva, e Justin vacila entre querer estar com Asher e querer voltar para casa para sua mãe e avó. Ele não entende porque todos os adultos em sua vida não podem simplesmente concordar um com o outro para que a vida possa voltar ao normal.

Em Key West, Asher e Justin encontram seu lugar na colorida comunidade e aprendem lições poderosas sobre fé, confiança, crença, perdão e o poder redentor do amor. Mas Asher sabe em seu coração que essa felicidade deve ser passageira, pois se ele quiser ensinar ao filho qualquer coisa além de não permitir ódio em seu coração, ele deve fazer a coisa certa e voltar para o Tennessee com Justin.
É uma história emocionante sobre perdão, aceitação e amor. Todos juntos, sem ordem de prioridade.

*Fotos tiradas no Parque das Aves em Foz do Iguaçu, Paraná. 

5 comentários:

  1. A religião muitas vezes, cega as pessoas. Isso de preconceitos já estabelecidos, infelizmente ainda está meio que colado à muitas pessoas e isso atrapalha e muito o andamento da humanidade no geral.
    Por isso, não vejo a hora de conferir este lançamento. Tudo que li até agora, é bem positivo.
    Isso de ir contra tudo que foi aprendido, é algo que agrada e muito!
    Se quebrar tabus, mostrar mais coração e respeito.
    Lerei com certeza!
    Beijo

    ResponderExcluir
  2. Lembro de ter lido aqui no blog sobre esse livro, amei a crítica e estou bem interessada em ler :)

    ResponderExcluir
  3. Raffa!
    Deve ser um livro bem emocional e traz grandes reflexões sobre religião, o que se considera certo a faazer e o que se deve fazer, além de aceitação, união familiar, perdão... Adorei!
    Adorei suas fotos também.
    cheirinhos
    Rudy

    ResponderExcluir
  4. Que história linda! É isso que falta hoje em dia, entender que não estamos aqui p/ julgar ninguém, p/ apontar o dedo e dizer "é assim", precisamos nos amar. Quero muito ler e espero que todos tb leiam.

    ResponderExcluir
  5. Que história linda, fiquei com muita vontade de ler! 😍
    Beijos 😊

    ResponderExcluir

Sua opinião é muito importante para mim! Me diga o que achou dessa postagem e se quiser que eu visite seu blog, informe o abaixo de sua assinatura ;)