quarta-feira, 24 de abril de 2019

Menina que via Filmes: La Cama [Crítica]


Título Original: La cama
Título no Brasil: La Cama
Data de lançamento 25 de abril de 2019 (1h 35min)
Direção: Mónica Lairana
Elenco: Alejo Mango, Sandra Sandrini
Gênero Drama
Nacionalidades Argentina, Brasil, Holanda, Alemanha
por Renata Alves

La Cama é o novo filme da diretora Mónica Lairana, cuja narrativa, embora absolutamente lenta,  trabalhe os aspectos de uma relação que está se transformando: uma separação, depois de uma vida casados.
O filme é repleto de cenas de nu frontal e sexo. Um filme com  linguagem crua, honesta, visceral, sobre os hábitos e rotinas do cotidiano, da vida caseira. Não há figurino de luxo, não há maquiagem. Há muita roupa velha de andar em casa, chinelo, quinquilharias, lembranças, discussões sobre as ações típicas do dia a dia de um casal que vive há anos juntos e repetem exatamente os mesmos hábitos. 

A cena inicial é filmada de uma câmera fixa na entrada do quarto, focada na cama. Um casal tenta fazer sexo, porém  o homem não consegue segurar a ereção. Determinada, a mulher muda a posição,  sem sucesso. Em sua ânsia por ajudar o parceiro, ela se lança numa tentativa ineficaz de resolver a questão. A cena é sofrível, angustiante e constrangedora. Não é desagradável como forma narrativa, pelo contrário, é exatamente  precisa. 
Com pouquíssimos diálogos, a história é contada através dos objetos e dos movimentos corporais e habilidade interpretativa dos atores. A separação de objetos entre as duas partes, o encaixotamento dos mesmos, o esvaziamento da casa... tudo isso compõe a narrativa. 

É uma observação in loco sobre a desconstrução de um relacionamento, registrado através das questões práticas e materiais como também através das questões sentimentais. A incerteza, a cumplicidade, o carinho, o respeito, o tédio, o hábito... está tudo ali. 
O filme é interessante, entretanto, a escolha de Mónica sobre as câmeras fixas combinada ao escasso diálogo só torna o filme mais lento do que seria o desejável, da forma como vejo. Perde-se muito em interpretação com a falta de possibilidade de múltiplas câmeras. 

*Cabine de imprensa à convite da distribuidora
*Nossos colunistas são voluntários, os textos assinados por eles são originais de suas autorias.



5 comentários:

  1. Confesso que fiquei meio apreensiva. Lendo a crítica, me lembrei de um filme já mais antigo,acho que se chamava Love. Cenas de sexo reais, cruas...e mesmo com um enredo bom, a história se perde.
    Fiquei imaginando se este meio sem diálogos e tals,não tenha se perdido ainda mais.
    Mesmo assim, verei assim que for possível.
    Beijo

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  2. Não fiquei com muita vontade de ver este filme. Vou passa-lo.
    Beijos 😊

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  3. Olá!
    Um filme bem diferente, tem uma sinopse interessante mas não sei se assistiria. Porém, entretanto, trás uma historia, assuntos a ser tratado.

    Meu blog:
    Tempos Literários

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  4. Renata!
    Bom, fiquei entendiada só em ler sua resenha, imagina se assistisse o filme.
    Não tenho preconceito com filmes de nu, relacionamentos conjugais, essas coisas, porém focar apenas em um determinado ponto não tão bom em um relacionamento, achei sem graça.
    cheirinhos
    Rudy

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  5. Eu achei bem interessante, mas só falar que o filme é lento que é como o banho de água fria para mim

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