domingo, 16 de junho de 2019

Menina que via Filmes: Graças a Deus [Crítica]



Título Original: Grâce à Dieu
Título no Brasil: Graças a Deus
Data de lançamento 20 de junho de 2019 (2h 17min)
Direção: François Ozon
Elenco: Melvil Poupaud, Denis Ménochet, Swann Arlaud mais
Gênero Drama
Nacionalidades França, Bélgica
por Cecilia Mouta

Graças a Deus é um filme sobre um assunto muito polêmico e bastante discutido atualmente: os casos de pedofilia na Igreja Católica. O conflito é abordado logo de cara, quando já nas primeiras cenas Alexandre Guérin (Melvil Poupaud) redige uma carta para a igreja relatando os abusos que sofreu na infância do Padre Preynat (Bernard Verley). E ao longo das mais de duas horas de filme acompanhamos não só a luta de Alexandre, mas também de outros personagens no burocrático sistema da Igreja Católica para condenar um padre.

Apesar de ter uma boa história e bons personagens, o filme de François Ozon peca pelo ritmo. A história é dividida em blocos e cada bloco tem um personagem que acompanhamos mais de perto. Primeiro Alexandre, depois François (Denis Monochet) e, por último Emmanuel (Swann Arlaud). Estruturado dessa forma, a história acaba ficando um pouco cansativa, pois o espectador sabe o conflito que se passa e, mesmo assim, se vê diante de ser introduzido na vida e nos conflitos familiares de três personagens diferentes em três momentos diferentes ao longo da narrativa.
E por mais que o filme tenha acertado no tom, pois passou longe de ser uma abordagem sensacionalista, eu senti falta de mais tensão e conflito na história. Afinal, desde o início já sabemos qual o conflito, o padre Preynat também sempre confessou o crime. Então, qual era o problema? O problema é que a Igreja Católica é altamente burocrática e não queria exonerar um padre, então eu acho que devia ter mostrado mais esse lado, ter criado mais tensão entre os interesses da Igreja Católica e a luta das vítimas. Por longos momentos da história a igreja e seus representantes desaparecem. Faltou tensão, deixando a história monótona.

Baseada em fatos, Graças a Deus mostra um lado da Igreja Católica que muitos preferem esconder. Apesar de apresentar um ritmo fraco, tornando-se cansativo em muitos momentos, o filme é de uma temática muito importante e levanta questionamentos muito pertinentes aos dias atuais. 

Cabine de imprensa à convite da distribuidora
*Nossos colunistas são voluntários, os textos assinados por eles são originais de suas autorias.

5 comentários:

  1. Filmes assim incomodam né? E trazem estas verdade que não só a Igreja quer esconder, mas que muitos também preferem fingir que não existiram e existem.
    Mesmo citando esse ritmo fraco, quero demais poder conferir, pois acho o tema essencial!!!! Para abrir os olhos.
    Beijo

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  2. Esse filme tem uma temática bem polêmica. É uma pena que o filme tenha ficado tão monótono. Acredito que, se tivesse tido essa tensão, a pressão sobre a Igreja Católica sendo mostrada, isso daria mais ritmo ao filme. Apesar de não ter sido tão bom, vou tentar conferir.

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  3. Olá! Nossa, a temática do filme é bem forte e polêmica mesmo. Nunca assisti um filme que se tratasse desse tipo de abuso, mas acho importante filmes assim serem produzidos, para alertar sobre esse lado da Igreja Católica, que como você disse, muitos querem esconder. Nunca imaginaria um filme monótono com essa temática, é mesmo uma pena que o filme apresente um ritmo fraco.

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  4. Que tristeza ler aquele "baseado em fatos reais", sempre escutamos sobre esses casos, mas sempre bate uma tristeza em pensar que um lugar onde todos acham que será feliz e seguro, tem pessoas que praticam tanto mal...

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  5. Oiii ❤ Acho muito importante que filmes façam críticas, que tragam temas polêmicos em suas tramas. É muito triste saber que esse filme é baseado em fatos reais, que muita gente já sofreu com esse abuso.
    É triste também saber que pessoas que se dizem de Deus praticam esse tipo de coisa, um horror!
    É uma pena que o filme seja um tanto monótono. Obrigada pela dica de filme, gostaria de assistir.

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