terça-feira, 27 de agosto de 2019

[Novidades] Escritores coreanos vêm ao Brasil para divulgar suas obras e celebrar 60 anos de relações diplomáticas com nosso país

KANG BYOUNG



A LTI Korea (Literature Translation Institute of Korea) traz ao Brasil, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre Brasil e Coreia do Sul, os escritores Kim Ki-taek, autor do livro de poesias Chiclete (7Letras), Kang Byoung Yoong, autor do romance Pepino de alumínio (Topbooks) e Park Min-gyu, ficcionista ainda inédito em nosso país.

No dia 6 de setembro, sexta-feira, às 16h, os três estarão na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, recebendo jornalistas e blogueiros para um bate-papo exclusivo na Sala dos Autores – Pavilhão Verde, no Riocentro. A escritora brasileira best-seller Marina Carvalho (@marinacarvalho), que está lançando o romance Um dorama para chamar de meu (Astral Cultural) na Bienal – cujo protagonista é coreano –, estará presente para bater papo com os autores e o público.
Os participantes desse encontro receberão um kit especial com um exemplar de Chiclete e outro de Pepino de alumínio, além de um folheto impresso pela LTI Korea em Português, contendo biografia resumida dos escritores, fotos e ainda um texto inédito de cada um deles sobre o tema “Por que eu escrevo”.
KIM KI- TAEK

A LTI Korea é uma entidade governamental, ligada ao Ministério da Cultura, Esportes e Turismo da Coreia do Sul, cujo principal objetivo é promover a literatura e a cultura coreanas em todo o mundo.



Brasil e Coreia do Sul: 60 anos de relações diplomáticas



As relações diplomáticas entre a República Federativa do Brasil e a República da Coreia foram oficialmente estabelecidas em 1959. O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o oitavo do mundo a reconhecer oficialmente a Coreia do Sul como Estado independente. Em 1962, a Coreia do Sul abriu sua Embaixada no Rio de Janeiro, a primeira missão sul-coreana na América Latina. Em 1965, foi a vez do Brasil de inaugurar sua Embaixada em Seul. O atual embaixador do Brasil na Coreia do Sul é o Sr. Luís Henrique Sobreira Lopes.

A Coreia do Sul tornou-se, em 2019, o segundo maior parceiro comercial do Brasil na Ásia, atrás apenas da China, especialmente nos setores eletrônico, automobilístico, petrolífero e siderúrgico. O montante de investimentos sul-coreanos no Brasil é de cerca de US$6 bilhões.

O Brasil abriga expressiva comunidade de origem sul-coreana, com cerca de 50 mil pessoas, estabelecidas principalmente na cidade de São Paulo. Trata-se da maior comunidade de coreanos na América Latina, a terceira maior população coreana fora da Ásia e a décima primeira no mundo. O primeiro grupo de 109 pioneiros partiu da cidade de Busan, em dezembro de 1962, aportando em Santos (SP) em fevereiro de 1963.



Escritores coreanos têm agenda em Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília



Rio de Janeiro

Dia 6 de setembro, sexta-feira, 16h, Sala dos Autores – Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Bate-papo exclusivo com jornalistas e blogueiros na Sala dos Autores, Pavilhão Verde, Riocentro. Presença da escritora brasileira best-seller Marina Carvalho, que está lançando o romance Um dorama para chamar de meu (Astral Cultural), cujo protagonista é coreano.



Dia 7 de setembro, sábado, 18h, auditório da Livraria da Travessa Leblon – Shopping Leblon

            Encontro dos três escritores coreanos com três brasileiros – o poeta Adriano Espínola, o filósofo Evando Nascimento e o professor da UFRJ Godofredo de Oliveira Neto – para debater o tema Literatura, nacionalismo e globalização / Línguas pouco conhecidas & Valor universal.



Brasília

Dia 10 de setembro, terça-feira, 19h

Cerimônia de abertura do IV Concurso de Ensaios de Literatura Coreana, na ANE – Associação Nacional de Escritores (Asa Sul Quadra, 707/907, Bl F, Edifício Escritor Almeida Fischer, Asa Sul). Palestra de Kang Byoung Yoong, autor de Pepino de alumínio (Topbooks), tema do concurso este ano.



São Paulo

Dia 12 de setembro, quinta-feira, 19h30

Encontro de Literatura Coreana no Centro Cultural Coreano no Brasil (Av. Paulista, 460, Bela Vista, São Paulo). Os três escritores vão ler e apresentar seus livros e conversar com o autor coreano-brasileiro, Nick Farewell. O mestre de cerimônias será o critico literário Manuel Costa Pinto. O ator Felipe Britto fará a leitura dramática de trechos dos livros publicados no Brasil. Entrada franca.



Dia 13 de setembro, sexta-feira, 10h

Palestra especial para estudantes da Universidade de São Paulo. Os três autores apresentarão seus trabalhos e debaterão aspectos de suas obras com dois professores de Literatura Comparada. Presença do jornalista Álvaro Pereira Júnior, crítico musical e literário. Sala 266 do prédio da Faculdade de Letras.




Quem são os escritores coreanos



Kang Byoung Yoong nasceu em 1975 em Seul, Coreia do Sul. Em 2000, graduou-se em Literatura Inglesa e Criação Literária pela Universidade Myeong-ji. Fez mestrado (2002) e doutorado (2005) em Criação Literária pela mesma universidade coreana, e em 2010, se tornou doutor em Literatura Russa pela Universidade Nacional de Moscou. Desde 2013 é professor de literatura coreana na Faculdade de Estudos Asiáticos da Universidade de Liubliana, Eslovênia.

     Publicou, entre outros, os romances Novita, História de um homem imaginário, Documentário vulgar sobre a castração do Sr. Y, Beijo e banana, Dedos que coçam e Pepino de alumínio, este último lançado no Brasil pela Topbooks. Também tem editados os ensaios Liubliana: a cidade parecida com minha esposa, Te amo demasiadamente e As frases que andam pela cidade, além de um estudo sobre o uso do pronome ‘Nós’ em Evgeny Jamatyn. Em 2014, foi escolhido pela Comissão de Cultura e Arte da Coreia do Sul para participar de um programa de residência no exterior, o que lhe deu a oportunidade de morar e trabalhar sua escrita na Inglaterra e na Rússia.





Kim Ki-taek nasceu em 1957, na cidade de Anyang, e se formou em Literatura Inglesa na Universidade Jung-Ang, com pós-graduação em Literatura Coreana (Letras) pela Universidade Kyung-Hee. Estreou como poeta em 1989 no Concurso Literário Sinchun, do Diário Hankuk. Publicou vários livros de poesia, entre eles O sono do feto, A tempestade no olho da agulha, O secretário, A vaca (Cow), Chiclete, Vai rachar, vai rachar, Para onde foi o cão, deixando só o latido?

     Tem obras traduzidas em espanhol (El chicle), em japonês (A tempestade no olho da agulha), e em português (Chiclete, Editora 7Letras). Ganhou o Prêmio Literário Kim Suyeong, o Prêmio de Literatura Moderna, o Prêmio Literário Yisu, o Prêmio Literário Midang, o Prêmio Literário Jihun, o Prêmio Poético Sang-hwa e o Prêmio Literário Pyeon-wun, entre outros. Atualmente é professor da Cyber Universidade  Kyung-Hee.

 
PARK-MIN-GYU
Park Min-gyu nasceu em Ulsan, pequena cidade na região sudeste da Coreia do Sul, em 1968. É bacharel pela Universidade Jung-Ang. Seu primeiro romance, A lenda dos super-heróis do mundo, lhe rendeu em 2003 o Prêmio Munhak Dongne de autor estreante; no mesmo ano, ganhou o Prêmio Literário Hankyoreh pelo livro O último fã-clube da Sammi Superstars. Recebeu, ainda, os importantes Prêmios Literários Yi Hyoseok (2007), Hwang Sunwon (2009) e Yi Sang (2010).
Seus contos são frequentemente caracterizados por um senso de humor penetrante mas não transbordante, e têm por cenário o mundo capitalizado, num contexto global, em que os seres humanos são menos importantes que as mercadorias postas à venda. Os personagens são descritos como aqueles que lutam contra as dificuldades financeiras, sem um futuro promissor. Um deles, O mundo do Guaxinim, foi incluído na coletânea de obras do Prêmio Literário Yi Sang de 2005, e outro, intitulado Um cochilo, foi adaptado para o teatro em 2010. É autor também dos romances Ping-Pong (2006), Pavana para a princesa morta (2009) e A porta da manhã (2010).
No evento do Rio de Janeiro estaremos lá para cobrir tudinho para vocês <3!

4 comentários:

  1. Que bacana a Bienal trazer 3 autores para o Brasil e o melhor é que vai rolar eventos em outras cidades :)

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  2. Confesso que nem sabia disso tudo que foi falado acima e oh, mas é muito bom saber que não é só a música coreana que tem invadido nosso país não. A literatura, cinema, tudo é sempre muito bem-vindo e espero sinceramente que nosso povo abra a mente e o coração para esta recepção!!!!
    Beijo

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  3. Olá! ♡ Ahhh, que bacana! Ainda não sabia nada sobre isso!
    Muito legal que esses três autores vão estar na Bienal, uma pena que não vou poder ir, pois gostaria muito, ainda mais porque a Marina Carvalho, que é uma das minhas escritoras nacionais favoritas, também vai participar do bate-papo.
    Com certeza vai ser um evento bem legal, para quem poder ir!
    Beijos! ♡

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  4. Oiii ❤ Que bate-papo legal esse que vai acontecer na Bienal, em que os escritores coreanos virão divulgar suas obras.
    Gostei bastante que a Marina Carvalho também fará parte do bate-papo já que sou muito fã de seus livros e estou ansiosa para poder ler Um Dorama para chamar de meu.
    É uma pena que não irei na Bienal, pois esse evento parece incrível.
    Beijos ❤

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