domingo, 3 de novembro de 2019

[Resenha] Fazendo meu Filme - Lado B

Título: Fazendo meu filme – Lado B
Autora: Paula Pimenta
Editora: Gutenberg – Grupo Autêntica
Gênero: Jovem adulto
Idioma: Português
Número de Páginas: 400


Pode conter revelações sobre as séries “Fazendo meu filme” e “Minha vida fora de série

Eu sou fã dos livros da Paula Pimenta desde que li Fazendo meu filme 1, a estreia da Fani, em 2012. Na ocasião, eu tinha escrito o meu próprio livro, e procurava livros do gênero para saber se não havia outro livro parecido por aí. Foi assim que soube da existência do livro sobre a mineirinha de 16 anos que estava prestes a fazer intercâmbio. 
Fora a idade da personagem que já era uns 10 anos mais nova que eu, tínhamos muito em comum. E, página a página, fui querendo saber o que acontecia com ela e seus amigos. Às vezes, me via nela. Outras, tinha vontade de sacudi-la. Confesso até que me inspirei na ideia do Leo com um namorado. Afinal, não tem idade para gravar CDs mostrando o que sente, não é?

Mas vamos ao volume mais recente da série. Esta edição especial conta a história de “Fazendo meu filme 1” do ponto de vista do melhor amigo de Fani, o Leo. Se você se perguntava o que ele viu na Vanessa, por que demorou tanto para se declarar, ou morreu de curiosidade com algumas passagens que a Fani não estava presente, seus problemas acabaram. Se você ainda não leu nenhum dos livros, pare de ler esta resenha e corre para ler os livros, que ainda dá tempo. 
Lado B não é a mesma história de “Fazendo meu filme” contada por um garoto. Como eu disse, o livro compila momentos do primeiro livro, costurados com cenas de “Minha vida fora de Série 2ª temporada”, cenas da HQ e mais algumas inéditas. 
Em seu primeiro dia no segundo ano do Ensino Médio, Leonardo Santiago tenta ao máximo enrolar para perder o último dia da primeira semana de aulas. Sabemos que ele tem uma namorada do seu prédio, a Carol, e Rodrigo é seu melhor amigo. Mas nesse dia nada parece dar certo. Ele esquece que não está mais na turma do amigo, leva uma bronca da professora e se perde no caminho para sala. Então, no intervalo entre uma aula e outra, ele a vê. A menina por quem se interessara na festa junina da escola, anos antes. Desse momento em diante, ele estava perdido. Fani seria o motivo da sua alegria, a cada vez que o abraçava, e a razão de sua tristeza, a cada vez que dava mole para o professor de Biologia ou anunciava que embarcaria em um intercâmbio em breve. Ao longo do livro, acompanhamos enquanto Leo tenta, em vão, fazer com que Fani o veja como mais do que um amigo e, depois, procura fugir de seus sentimentos por ela. Mas o Leo, que nunca teve problemas para se enturmar com as garotas, continua preso àquela, mesmo quando se envolve com a menina mais bonita da sala. 

Eu gosto da forma como a Paula Pimenta construiu a personagem do Leo, consistente com os outros livros. Vemos um flashback das trocas de mensagens que já tínhamos visto em outros livros. A voz e a personalidade dele são diferentes da do Alan ou do Rodrigo. Eu confesso que apesar de muito bem escrito, eu já tive muita raiva do Leo, nos livros anteriores. Então ler uma versão de seus pensamentos às vezes amenizava o ranço, outras me dava vontade de dar um soco nele. Nem falo da Fani, que parece mais lenta quando vemos a história se desenrolar do ponto de vista dele. 
Como alguém que já teve sua quota de tocos e desilusões amorosas, a cada vez que a Fani dizia para o Leo que ele era seu melhor amigo, eu sentia a mesma agonia que ele. Claro que o Leo não tinha “direito” ao amor da Fani só por estar sempre por perto, então é preciso que ele se afaste para que ela se toque dos próprios sentimentos. E eu, que achei que não me emocionaria mais com a história dos dois, me vi chorando copiosamente no ônibus. 
Minha parte preferida deste livro foi a Vanessa Amorim. Eu sei que ela é praticamente uma vilã do filme da Fani, mas aqui temos um lado mais humano, e até entendemos por que o Leo se interessou nela a princípio. Seria um filme de origem? Além disso, a história da Vanessa serve para consolidar um ponto fraco do Leo consistente ao longo dos livros: boa parte dos seus problemas surge por pensar demais nos outros e não saber se colocar em primeiro lugar. 
O livro continua seguindo o estilo das epígrafes com falas de filmes. 
A diferença é que dessa vez temos dois modelos de capa, ambas amarelas: a mais antiga segue o padrão das anteriores dessa série, com elementos do livro, mas sem os personagens. A mais nova, seguindo o padrão da nova edição, com o personagem em um cenário em “live action”. Cada uma é linda a sua forma, mas eu escolhi a antiga, porque gosto mais do estilo e para completar a minha coleção. 

Recomendo “Fazendo meu filme – Lado B” para todos os fãs das séries da Paula Pimenta. A sensação é de uma reunião deliciosa de turma com os personagens mais queridos dos livros. Apesar do que a autora declarou sobre a possibilidade de outros livros do Leo, eu adoraria ler pelo menos o Fazendo meu filme 2 nesse formato. 
Meu veredicto? Nas palavras da Fani, 5 estrelinhas. 


por Larissa Rumiantzeff

* O livro foi lançado esse mês com duas capas. Para os fãs, Paula Pimenta explicou que a pedidos eles não somente lançariam a capa com a nova versão que estava à venda na Bienal do Livro do RJ desse ano, mas para quem tem todos da série com a capa antiga optaram por também lançarem com a capa que está destacada nessa postagem.

3 comentários:

  1. Nunca li nada da autora, mas vejo que o pessoal gosta bastante, filas sempre enormes, com pessoas das mais variadas idades :)

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  2. Mesmo sem conhecer o trabalho da autora, já acompanho essas indicações faz um tempo.rs
    Só não sei os motivos de ainda não ter lido essa série ;/
    Eu amo enredos juvenis e o talento e simpatia da autora são ímpares!
    Vou me dar uma chance de sorrir e procurar todos!!!
    Beijo

    Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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  3. Larissa!
    Tenho alguns livros da autora, porém não tive oportunidade de ler nenhum ainda, talvez porque seja mais adolescente e não ando em uma fase de ler muito sobre essa fase da vida. Mas pretendo ler, já que ela faz tanto sucesso, né? Preciso ao menos conhecer a escrita da autora.
    cheirinhos
    Rudy

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