quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Série documental ‘Retratos de uma Pandemia’ estreia no Globoplay e traz os bastidores de hospitais brasileiros no combate à covid-19














A coprodução independente Vbrand e CineGroup é um registro histórico que traz os fatos reais sob a perspectiva de profissionais de saúde que atuaram na linha de frente da batalha contra a pandemia.  Foram mais de 70 diárias de gravação durante todas as fases da crise sanitária em hospitais públicos e privados administrados pelo Einstein  

 O dia 25 de fevereiro de 2020 entrou para a história do Brasil: depois de algumas semanas com casos emergindo na China, na Itália e em outras partes do mundo, o novo coronavírus havia chegado à América Latina. A identificação do vírus aconteceu no Hospital Israelita Albert Einstein, e não demorou até que o país se tornasse mais um campo de batalha da guerra contra um inimigo desconhecido.

Na série documental “Retratos de uma Pandemia: Na linha de frente do combate à covid-19", que chega ao Globoplay no dia 4 de agosto, equipes de documentaristas adentram a linha de frente dos hospitais públicos e privados administrados pelo Einstein e revelam os bastidores do maior desafio de saúde pública dos últimos cem anos. A supervisão artística e de conteúdo é de Eduardo Rajabally (“Um Presente à Prova de Futuro”).

“Esse projeto é relevante e inédito. Temos um ponto de vista privilegiado de entender como tudo se passou dentro de hospitais de referência nos sistemas público e privado. Ele tem o caráter de reflexão, de discussão, do ponto de vista da ciência, do trabalho dos profissionais da saúde, das sequelas emocionais e psicológicas dessas pessoas”, comenta Rajabally. A proposta é trazer para o público um olhar inédito, da perspectiva daqueles que enfrentam o dia a dia, as angústias, desafios e vitórias de estar na linha de frente.

“Para nós foi algo que brilhou os olhos quando recebemos essa proposta e pegarmos o material bruto para produzir uma série audiovisual com essa característica de broadcast. O Einstein teve uma iniciativa vanguardista em registrar e tornar público o que foi o trabalho dentro dos hospitais. É uma pandemia, algo que vivemos há 100 anos com a Gripe Espanhola, então é um período que precisa ser documentado. Ver isso agora e no futuro vai ser magnífico”, reflete Luciana Pires, sócia-diretora da CineGroup.

Foram mais de dois anos de filmagens cobrindo as três grandes ondas da pandemia, divididos em 70 diárias de gravação no Hospital Municipal M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, no Hospital Municipal Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, na UPA (unidade de pronto atendimento) Campo Limpo, além do hospital municipal de campanha montado no estádio do Pacaembu, em São Paulo, e das unidades Einstein do Morumbi, em São Paulo, e em Goiânia.

“A ideia de criar uma obra de entretenimento a partir do que foi captado nasceu do Einstein, que nos procurou para dar vida ao material bruto e transformá-lo em um produto de relevância. Isso dá a dimensão da pandemia sob a perspectiva daqueles que estão na linha de frente. A partir dessa missão, conectamos com a CineGroup e partimos para uma mesa de criação para entender como formatar o projeto. Ele traz recortes de vários momentos da pandemia ao longo de 2020 a 2022, e o nosso desafio foi empregar justamente a dimensão de documentário histórico”, diz Fernanda Menegotto, diretora-executiva da Vbrand.

Oxigênio, pacientes intubados, profissionais de saúde receosos, distanciamento de entes queridos, fake news, saúde mental em declínio, sofrimento, morte, cuidado, esperança, humanização, ciência, vacinas, novas variantes… Os profissionais de saúde estiveram e ainda estão no campo de batalha, e exemplos de força e superação se destacaram diante de uma realidade de medo e incerteza. Toda a intensidade da pandemia, do ponto de vista de quem a viu de frente — e de dentro — é narrada ao longo de cinco episódios de 30 minutos cada um. São capítulos independentes de uma história com muitos atores, e cujo fim ainda é um mistério.

“O Einstein, desde o início da pandemia, se preocupou em documentar o aprendizado que essa crise impôs à gestão e operação dos hospitais e a todo o sistema de saúde. Registramos o trabalho exaustivo e crítico dos profissionais, o cuidado tão humanizado junto a pacientes que ficaram longe de suas famílias. Colhemos depoimentos, no calor das fases mais críticas, daqueles que estavam na liderança, tendo o compromisso, inclusive, de combater as fake news – que foram tão nocivas por desorientar a população – e reforçar o papel da ciência como carro-chefe da verdade e da busca pela solução. A ideia do documentário é tornar públicos esses bastidores de um período que está marcado na vida de todos nós. É importante haver um documento histórico para as futuras gerações, que terão o retrato do que aconteceu do ponto de vista de profissionais da área da saúde”, afirma Débora Pratali, diretora de Comunicação Institucional do Einstein.

A série traz histórias de superação, como a da médica Carmen Barbas. Pneumologista no Einstein e referência mundial em ventilação mecânica, ela treinou a equipe do hospital para cuidar de pacientes graves infectados com o coronavírus, e acabou contaminada. Ficou em estado grave, foi intubada e esteve sob ventilação mecânica, assistida por seus colegas de trabalho, os mesmos que havia treinado. Outro caso é o de Ronaldo Arrogo, técnico de enfermagem do Hospital Municipal M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch. O profissional também teve que ser intubado pelos colegas com quem trabalhava na UTI. A torcida por sua recuperação mobilizou todo o hospital.

Um dos episódios da série tem como foco outro desafio do período pandêmico: a propagação de desinformação. No documentário, o tema foi discutido sob a ótica de cientistas e jornalistas que ajudaram a combatê-la.

A série “Retratos de uma Pandemia” conta com a participação de pessoas cujo trabalho fez a diferença na crise sanitária causada pelo Sars-CoV-2, como a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo, o médico sanitarista e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP Gonzalo Vecina, a imunologista Ester Sabino, que coordenou o primeiro sequenciamento genético do novo coronavírus no Brasil, e a infectologista Sue Ann Clemens, que liderou testes de vacinas contra a covid-19.

Protagonistas de discussões e ações em prol da vida ao longo desse período dissecam questões como a vulnerabilidade social e a dimensão humana da crise. Entre eles, a filósofa Viviane Mosé, o presidente da Central Única das Favelas, Preto Zezé, e a empresária Luiza Helena Trajano.

A série documental “Retratos de uma Pandemia” conta com cerca de 140 entrevistas com médicos, profissionais de enfermagem e outros trabalhadores da saúde, acadêmicos, executivos, intelectuais, gestores de saúde e pacientes infectados pelo coronavírus. Todos os episódios serão lançados no Globoplay no mesmo dia (4 de agosto) e a obra estará disponível para não assinantes.

“Retratos de uma Pandemia: Na linha de frente do combate à covid-19" é uma obra independente com realização do Einstein e coprodução Vbrand e Cinegroup.

Sinopse

“Retratos de uma Pandemia” mostra os bastidores do combate ao novo coronavírus em hospitais públicos e privados administrados pelo Einstein e o dia a dia de trabalho dos profissionais da saúde em um cenário de guerra ao vírus. Com registros feitos desde o início de 2020, ao longo das três ondas da covid-19, a obra mergulha, do ponto de vista da linha de frente, no desafio de lidar com o desconhecido, no impacto causado pela enxurrada de desinformação, na deterioração da saúde mental de médicos e enfermeiros, nas angústias com as possíveis sequelas trazidas pela covid-19 e na esperança de dias melhores, tendo a ciência como norteadora na busca de soluções.

  

4 comentários:

  1. Minha irmã é enfermeira em dois hospitais, um é psiquiátrico. Ela chegou a ficar quase 15 dias trancada num pavilhão, onde colocaram os pacientes infectados com a Covid.
    Na época o hospital chegou a implorar por ajuda, mas o Governo alegou que os pacientes dali não eram prioridade, pois já são na maioria, idosos, sem capacidade alguma.
    Ela perdeu muitos desses pacientes, que ela chama de amigos, viu muitos sendo colocados em sacos pretos, sem família, sem ninguém para chorar ou sentir a morte deles.
    E hoje, anos depois disso, ela ainda não teve Covid.
    Por isso, achei lindo a ideia desse documentário. Verei!!!!
    E oh, morro de orgulho da minha irmã e de todos os profissionais!
    Beijo

    Angela Cunha

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  2. Essa série será pesadíssima, colocando novamente o dedo na ferida de tantas pessoas que perderam seus parentes, mas também nos lembrará da importância de tantos profissionais que entregaram o melhor de si.
    Não tenho estômago pra assistir.

    Danielle Medeiros de Souza
    danibsb030501@yahoo.com.br

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  3. Real e me parede muito devastador

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  4. Com o risco do vírus ainda aí, com certeza vai ser uma série muito forte e chocante.

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