quinta-feira, 30 de maio de 2024

Imaculada [Crítica]

 


Título no Brasil: Imaculada

Título Original: Immaculate

Ano: 2024

País: Estados Unidos 

Diretor: Michael Sohan

Elenco: Sydney Sweeney, Álvaro Morte, Simona Tabasco

Nota: 4/5

Por Amanda Gomes


Em “Imaculada” vamos acompanhar a história da jovem religiosa americana Cecilia (Sydney Sweeney), que acaba de se mudar para um ilustre convento situado em uma pitoresca zona rural italiana.


Apesar de ser recebida calorosamente pelas irmãs e freiras, a nova integrante do convento logo nota estranhas situações que a fazem questionar a segurança de seu novo lar, que abriga segredos sombrios e terríveis. Aos poucos, as suspeitas da jovem se tornam realidade quando ela acorda misteriosamente grávida. 


Cecilia agora não apenas carrega uma criança, mas também enfrenta uma série de estranhas e suspeitas situações, sendo atormentada por forças perversas enquanto confronta os segredos e horrores do convento. Em meio a visões assustadoras e eventos inexplicáveis, ela tenta desvendar a origem de sua condição e a verdadeira natureza do convento.


A experiência religiosa está prestes a se transformar em um pesadelo. Seria a gravidez de Cecilia uma dádiva ou uma maldição?


Apesar de não ser a maior apreciadora e conhecedora do gênero, “Imaculada” se mostrou uma grata surpresa. Com uma atmosfera intrigante, o filme consegue se envolver na premissa do terror com pegada católica e fugir da mesmice e do clichê do gênero.



Com um recurso bem comum e recorrente dos filmes de horror, as imagens de choques são introduzidas em uma alusão entre realidade e sonhos. Do mesmo modo, utilizam os recursos sonoros todos os momentos para surpreender os telespectadores com jumpscares. O roteiro faz uso até mesmo de pássaros batendo contra a vidraça da janela para causar um baque repentino sem nenhuma utilidade para a trama.


Apesar do suspense em torno da gravidez de Cecília ser construído de forma um pouco simplista, o que me desagrada um pouco na narrativa é a escolha de mudar a personalidade da personagem completamente após os primeiros trinta minutos. Não é algo gradual ou coerente, pelo contrário acaba sendo repentino, uma mudança brusca sem muitos fundamentos. 


Sidney Sweeney apesar de tudo entrega uma ótima atuação, mesmo que algumas coisas na personagem tenha me incomodado, ainda assim é possível reconhecer a entrega da atriz ao papel. O desespero e horror por meio do seu olhar. 


O filme tem realmente um grande potencial, cenas de horror e sangue muito bem montadas, momentos de tensão e pânicos na medida. O que acaba estragando um pouco esse potencial é construção da personagem, não consegui sentir conexão com ela e isso me fez não aproveitar tanto o final como gostaria. Excelente final e péssimo desenvolvimento, no fim não fecham uma conta tão positiva.


No mais, “Imaculada” acaba entregando o que muitos filmes do gênero não entregaram nos últimos tempos e só por isso já vale a experiência, a ida ao cinema para conferir o longa nas telonas. Além disso, espero poder ver Sidney Sweeney adentrando ainda mais no gênero no qual ela parece ter se encaixado muito bem.

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