domingo, 25 de maio de 2025

Do Sul, a Vingança [Crítica]

 












Título: Do Sul, a Vingança.

Gênero: Ação / Comédia.
Duração: 107 min.
Direção: Fábio Flecha.
Produção: Render Brasil.
Distribuidora: Kolbe Arte.
Elenco: Espedito Di Montebranco (Jacaré), Bruno Moser (Febem), Felipe Lourenço (Lauriano), Leandro Faria (Victor Bautista), Luciana Kreutzer (Dra. Lucia),Victor Samudio (Edson), David Cardoso (Coronel Massada).
Por Raffa Fustagno
Nota: 2.5/5.0


Sinopse

Em busca de material para seu novo livro, o escritor Lauriano parte para a conturbada fronteira entre Mato Grosso do Sul, Paraguai e Bolívia, onde o crime organizado dita suas próprias leis, em busca de um “Jacaré”. O que começa como uma simples investigação se transforma em uma jornada inesperada, repleta de ação, conflitos e personagens excêntricos. Em meio ao caos de uma vastidão silenciosa e cheia de contrastes, Lauriano mergulha em uma trama tão perigosa quanto cômica — onde sobreviver é o seu maior desafio.



Crítica:

O cinema nacional tem atraído olhares do mundo todo, principalmente após o nosso primeiro Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, para Ainda Estou Aqui, Por essa razão, um longa cujo o release tem a informação de que foi finalista em Cannes e ganhou no Los Angeles Film Awards 2025 o prêmio de Melhor Longa-Metragem Indie, cause impacto e interesse nos críticos e no público.

Ao assistir em cabine on-line Do Sul à Vingança, me deparei com um início promissor, afinal falar sobre Mato Grosso do Sul e fronteiras é algo que não se vê todos os dias, nossos filmes estão sempre no eixo Sudeste e Nordeste, mas poucos abordam essa região, e eu honestamente nem sabia sobre a história de divisão do Mato Grosso para o Mato Grosso do Sul.

Se os primeiros dez minutos chamam a atenção, ao nos deparamos com um jornalista investigativo lançando um livro e participando de uma coletiva, o resto não se pode dizer que garantiu minhas expectativas.

Felipe Lourenço entrega um Lauriano no tom certo, carioca, sagaz e atrás da próxima reportagem, correndo riscos para isso. Já os demais personagens são extremamente caricatos, parecem saídos de um filme de Tarantino com Zorra Total, mal sabem se buscam alívio cômico ou se mantém a vilania.

Não curto falar mal do cinema brasileiro, sei como nos esforçamos para colocar histórias no ar, mas me impressiona como algo com grande potencial, é tratado abaixo de sua capacidade de entregar algo marcante.

Algo que funciona é exatamente o foco na tegião que é pouco explorada pelo cinema, o roteiro as vezes nos entrega bons diálogos, bons momentos, mas nada marcante, a impressão que se tem é de que ele tenta se levar a sério, mas não consegue.

Pode ser culpa do baixo orçamento? Pode. Mas um cuidado maior com o tema e uma abordagem mais séria e focada em instruir ao invés de somente divertir, teria sido mais proveitoso.




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