Ficha Técnica
Título original: Deutsches Haus
Autora: Annette Hess
País de origem: Alemanha
Tradução: Ivo Korytowski
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 272
Ano de edição: 2019
A trama envolvente acaba se embaraçando em si mesma
Quando eu soube do que se tratava o livro de estreia de Annette Hess, fiquei empolgadíssima para colocar as mãos nele. Afinal, além de escritora, tenho formação de tradutora e intérprete. Durante a minha formação, cansamos de ouvir sobre como, apesar de ser uma das profissões mais antigas, foram os julgamentos de Nuremberg que trouxeram à luz a importância desses profissionais. Afinal, sem eles (nós) para facilitar os depoimentos, os procedimentos levariam muito mais tempo.
O livro, narrado em terceira pessoa onisciente, alterna entre os pontos de vista de Eva Bruhn, Annegret Bruhn e David Miller, para contar a história de uma intérprete de polonês nos julgamentos dos nazistas na Alemanha Ocidental, e como ela acaba descobrindo mais sobre a sua família e seu passado do que gostaria. A tradutora e intérprete Eva Bruhn é convocada para interpretar os depoimentos nos julgamentos dos nazistas, 20 anos após a Segunda Guerra mundial. A família de Eva tem um restaurante no bairro boêmio da cidade e ela, que está prestes a ser pedida em casamento pelo noivo, teme que ele tenha vergonha dela por conta dos pais e de onde mora. A grande ironia é que Jürgen teria motivos muito mais graves para se envergonhar, conforme ela descobrirá em breve.