terça-feira, 11 de setembro de 2018

Menina que via Filmes: O Banquete [Crítica]

Título original: O Banquete
Data de lançamento 13 de setembro de 2018 (1h 44min)
Direção: Daniela Thomas
Elenco: Drica Moraes, Mariana Lima, Bruna Linzmeyer mais
Gênero Suspense
Nacionalidade Brasil
#152










por Cecilia Mouta



O Banquete é um filme que conta a história de um grupo de amigos que se reúne para um jantar. Nora (Drica Moraes), casada com Plínio (Caco Ciocler) decide dar em sua casa um jantar para comemorar os dez anos de casados de Bia (Mariana Lima) e Mauro (Rodrigo Bolzan). Mas durante a festa o conflito entre os anfitriões, os homenageados e os convidados aumenta.  

O filme é ambientado todo num só lugar: a casa de Nora. Por isso, o filme se estrutura totalmente no diálogo. Isso é muito complicado de se fazer, pois segurar um filme de uma hora e meia na base do diálogo é algo dificílimo. 
No início, a história até que andou bem. Assim que o jantar começa, podemos ver as referências ao livro “O Banquete” de Platão, em que ele - através de diálogos, que é como ele escrevia - discorre sobre a natureza e as qualidades do amor. Nora traz essa discussão logo no início do jantar. Até a metade do filme, mais ou menos, há muitos diálogos engraçados também. O personagem de Lucky (Gustavo Machado) traz um bom alívio cômico para as cenas. Mas à medida que a história vai passando, a medida em que os conflitos deveriam estar se intensificando, a história se perde. 
Os diálogos começam a desandar, a contribuição de cada personagem para o conflito em jogo começa a ficar solto. O personagem do Mauro, um mau caráter e safado, entra e sai da história sem muita importância. Se ele não estivesse fisicamente no jantar e os outros personagens só estivessem falando dele daria na mesma coisa. 

A personagem da Maria (Fabiana Guglielmetti), que estava super desconfortável no jantar inteiro, em um dado momento queria ir embora e eu ainda não entendi o porquê ela não o fez. A personagem Batwoman, da Bruna Linzmeyer, e Claudia, da Georgette Fadel, foram completamente irrelevantes para a história. 
Quando o filme vai chegando ao final, a pequena referência que fazem ao momento político da época é ridícula (a história se passa no início da década de 90, no governo de Fernando Collor). Se o espectador não pesquisar mais a fundo sobre esse momento no Brasil, não vai entender o conflito que é apresentado.


Apesar das boas atuações e de um bom começo, O Banquete não se sustenta com os diálogos que ficam cada vez mais desconexos, tem personagens sobrando, não explora os conflitos da trama e é um filme que deixa muito a desejar. 


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* A opinião do filme ou das resenhas pertence ao colaborador que se compromete a enviar uma crítica de sua autoria para ser publicada no blog e divulgada nas demais redes sociais.


*Cabine de imprensa à convite da distribuidora


Crítica em vídeo da Raffa Fustagno






Confiram o trailer


6 comentários:

  1. Que pena! O filme tem todos os ingredientes para ser um filme inteligente e contundente. Pela sua crítica, nadou,nadou e morreu na areia. 😓

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  2. Oii!
    Raffa eu fiquei mto interessada em ver esse filme qdo vi o trailer, adoro Caco Ciocler, já está na minha lista!
    Bjs!

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  3. Oi Cecília e Raffa!
    Triste ter sido decepcionante...
    Política dos anos 90 e apenas baseados em diálogos, deve ser algo bem tedioso, apesar das baixarias.
    Clima tenso, credo!
    Alguns atores novos sem grande expressão, né?
    Gosto do Caco e da Drka, mas com esse enredo, não tem ator bom no mundo que levante o filme.
    Sinto muito, mas não fiquei com amínima vontade de assistir.
    cheirinhos
    Rudy

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  4. Esqueci de agradecer o trailler, gratidão.
    cheirinhos
    Rudy

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  5. É triste ver como um enredo que tinha tudo para ser bom, pelo pós época mencionado, acaba se perdendo em futilidades.
    Pois lendo e vendo a crítica só pensava nisso: dispensável.
    Sou meio pé atrás com o cinema nacional e um dos motivos maiores é este linguajar baixo. Não gosto. E pelo que vi, este filme está repleto deles.
    Prefiro não ver!!!
    Beijo

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  6. Eita, que pena o filme não ter agradado. Essas histórias que se passam em apenas um lugar fica muito interessante quando bem feito rs

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