quarta-feira, 29 de maio de 2019

Menina que via Filmes: Rocketman [Crítica]


Título original: Rocketman
Título no Brasil: Rocketman
Data de lançamento 30 de maio de 2019 (2h 01min)
Direção: Dexter Fletcher
Elenco: Taron Egerton, Jamie Bell, Richard Madden mais
Gêneros Biografia, Comédia Musical
Nacionalidade Reino Unido
#145
por Cecilia Mouta

Rocketman é um filme que veio para impactar o espectador, assim como seu artista biografado Elton John, chocou uma época. Se Elton é exuberante e extravagante, o filme também o é. Se Elton não tem papas na língua, o filme também não tem. Se em alguma coisa o filme foi fiel à figura de Sir Elton John, foi na forma como escolheu contar a história.
Enquanto Bohemian Rhapsody manteve sua narrativa distante da personalidade de Mercury, talvez por abarcar também a banda, a direção de Dexter Fletcher para Rocketman é Elton John puro: uma narrativa muito lúdica, muitas vezes de caráter onírico, delusional; um musical que busca raízes nos musicais da Broadway, com cenas de danças ao longo da música e, ao contrário da sexualidade de Mercury ter passado por debaixo dos panos, Rocketman não temeu em abordar o assunto de forma direta e clara. 

Com uma direção de arte extravagante, cheia de brilho como Elton, o filme nos mostra o glamour de um dos maiores músicos do mundo assim como suas batalhas internas e seu vício em álcool e droga. 
A forma narrativa do começo da história está muito interessante. Tudo começa com Elton numa reunião de Alcoólicos Anônimos e, dali, ele começa a falar da sua infância, tendo alguns momentos em que o presente (AA) e o passado se intercalam. Esse tipo de estrutura facilita a empatia do espectador porque, ao acompanhamos a vida do personagem desde a sua infância, suas dificuldades de relacionamento com o pai e com a mãe, se torna nítida a percepção da formação de traumas psicológicos. Em dadas cenas dá vontade de abraçar o pequeno Donald Dwight, verdadeiro nome de Elton John, e confortá-lo, pois sabemos que o que ele vê e ouve vai ficar marcado na sua cabeça. Da infância, partimos para a juventude de Elton, vemos como esse nome artístico surgiu e como a sua amizade com Bernie (Jamie Bell) apareceu. E dali vamos para o enlouquecido mundo da fama.

A atuação de Taron Egerton está sensacional, passando para o espectador as diversas camadas de uma pessoa tão complexa e talentosa como Elton John. A semelhança física, graças a equipe de maquiagem, também é um dos pontos altos do filme. 
No entanto, Rocktman é uma biografia na sua estrutura, na sua forma, mas quando se trata do conteúdo, está mais para um musical. Poucos acontecimentos da vida de Elton são mencionados no filme, alguns de forma muito rápida. O caráter informativo de uma biografia perdeu espaço de palco para os números musicais que exalam Broadway. O filme também contou com uma boa cota de cenas clichês, principalmente no momento de redenção do personagem na clínica de reabilitação, o que acabou enfraquecendo um pouco a narrativa. Elton John foi um verdadeiro showman e nesse quesito o filme consegue exercer muito bem a mesma função: entreter. Mas Rocketman não consegue ficar a altura do talento do artista que biografa.

*Cabine de imprensa à convite da distribuidora
*Nossos colunistas são voluntários, os textos assinados por eles são originais de suas autorias.



Confira a crítica da Raffa Fustagno em vídeo:

2 comentários:

  1. Este é com certeza o filme mais aguardado por mim depois de Bohemian! E não vejo a hora de chegar no cinema daqui para ir conferir.
    Elton fez e faz parte da minha vida. Sua música, seu jeito e seus trejeitos são únicos e sua vida é sim, um filme a céu aberto.
    Todas as dificuldades, todo o glamour, tudo que é brilhante na vida deste astro brilhante!!!!
    Eu sou fã assumida e verei com toda a certeza do mundo, feliz da vida, sabendo que nesta obra, o Rei está vivo!!!!!
    Beijo

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  2. Vi bastante gente falando que gostou desse filme, da até vontade de ver, mesmo não sendo meu tipo de filme

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