domingo, 14 de fevereiro de 2016

Menina que via Filmes : O Filho de Saul [Crítica]

Título Original : Saul Fia
Título no Brasil : O Filho de Saul
Lançamento 4 de fevereiro de 2016 (1h47min) 
Dirigido por László Nemes
Com Géza Röhrig, Sándor Zsótér, Levente Molnár mais
Gênero Drama

Nacionalidade Hungria









As expectativas para o filme vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e favorito do Oscar na mesma categoria eram grandes. A sinopse dizia que o filme era forte, os críticos que ele era inovador mesmo tratando de um tema já tão representado pelo cinema : a Segunda Guerra.
O que eu achei, conto para vocês agora. Saul ( Gezá Rohrig) é um judeu que está preso em um campo de concentração nazista. Ele tem a a " sorte" de ser chamado para ser sonderkommando, ou seja, ele é um dos que separam quem vai para câmara de gás informando que tomarão um banho, que ajuda a limpar e carregar os corpos ... com isso ele ganha uma sobrevida no campo.
O diferencial do filme e o motivo pelo qual ele foi tão elogiado faz jus ao que vi : o longa é filmado focando o tempo todo no rosto do protagonista, vemos muito poucas cenas sem ele estar presente, o tempo inteiro nossa visão é o que ele está vivendo, mesmo que a imagem fique embaçada e em segundo plano. 
Todos os horrores do campo, todo o terror que os judeus sofreram, está ali nos olhos de Saul, que literalmente enlouquece um dia. Li muitas críticas antes de fazer essa com medo de spoiler, mas desculpe informar que o protagonista não me causou nenhuma comoção, e entendo que de certa forma isso é terrível, mas senti o mesmo com as pessoas que fui ao cinema. O personagem sofrido, que de certa forma tem um privilégio mas também um trabalho terrível, o de escolher os que vão morrer em plena segunda guerra contra seu próprio povo, obviamente é alguém que temos uma empatia , que queremos que seu final seja feliz, certo? Aí que está, quando ele surta e acha que um menino é seu filho - mais uma vez peço desculpas, mas não consegui falar do filme sem citar algo que já havia lido em muitas outras críticas - e faz do enterro dele sua razão de viver, irrita o espectador.
Primeiro porque ele está fora de si, claro que é justificável devido as circunstâncias, mas já lemos e vimos tantas histórias de pessoas que superaram seus medos para se salvar ou salvar outras pessoas que um prisioneiro que mais atrapalha do que ajuda seus outros amigos porque cismou de enterrar um filho que não é seu, é no mínimo revoltante . Afinal, temos que nos preocupar primeiro com quem está vivo ainda, certo?

Sendo esse o mote principal, me restou odiar o personagem, por mais que me sentisse culpada por não compreende-lo , mas ali naquele momento seu surto só atrapalhava. 
Se levar o Oscar vai provar que a Academia gosta mesmo de filmes do Holocausto, sinceramente já vi mais de 20 filmes sobre o tema infinitamente melhores que esse. 

3 comentários:

  1. Eu sou apaixonada por filmes assim. Que retratam o nazismo e essa fase tão cruel da nossa história.
    Mas desde que foi anunciado na lista dos possíveis ganhadores, eu meio que torci o nariz. Não por parecer mais do mesmo, mas por meio que desfocar do centro de tudo.
    Claro que acabarei vendo...mas sem muita expectativa!!
    Beijo

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  2. Já não simpatizei com o cara :/
    Mas vou dar uma chance ao filme ^_^

    Beijos :)

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  3. Serio eu quero assistir esse filme, esse assunto sempre me chama atenção é do tipo que quando voce esta assistindo da um aperto no coração de lembrar das historias, pode de trás da tela do cinema.

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